CRUZEIRO CONTRATA RAFINHA

Rafinha, destaque do São Bernardo na Copa São Paulo, ja é jogador do Cruzeiro. Ele foi apresentado esta manhã na Toca da Raposa. O Jogador, a princípio, vai ficar treinando entre os juniores. Se Paulo Autuori precisar vai chamá-lo. A transação deve ter sido alta, pois as duas diretorias não quizeram informar as cifras da negociação. Sabe-se que muita gente estava atras de Rafinha e o Cruzeiro chegou na frente.

Depois de uma passagem frustrada pelo juvenil do São Paulo e da conquista da artilharia da Copa São Paulo de Futebol Júnior 2007 pelo São Bernardo, Rafinha terá no Cruzeiro a primeira grande chance da carreira. Mesmo assim, com apenas 18 anos e muitos desafios pela frente, o jogador já pode ser considerado um vencedor.
Sem a presença do pai desde os cinco anos, Rafinha chegou a abandonar o futebol por nove meses, entre 2004 e 2005. O motivo foi uma tragédia pessoal. O irmão mais velho do jogador, responsável pelo sustento de toda a família, foi assassinado. O atleta entrou em depressão e por pouco não parou de vez. A participação sem maiores pretensões num torneio júnior, pelo São Bernardo, colocou Rafinha no caminho da bola mais uma vez.
Durante a apresentação na Toca da Raposa II, o jogador lembrou do difícil episódio. “Foi muito triste, até porque eu já não tinha pai desde os cinco anos. Era meu irmão quem sustentava a casa e ajudava em tudo. Com a morte dele eu fiquei muito abalado, entrei em depressão e foi aí que perdi de vez a vontade de jogar bola”, disse Rafinha, que na época também estava desiludido com o mundo do futebol: “o futebol tem muita falsidade. No São Paulo me prometeram muitas coisas e nada aconteceu. Isso me deixou muito chateado. Nunca tinha saído de Três Lagoas para jogar em outro lugar. Não tive chance de jogar. Em dois anos foram apenas três jogos, sendo que no que mais atuei joguei apenas sete minutos. Mas a paixão foi mais forte e acabei voltando”, lembrou.
Calejado pela vida, Rafinha mostrou consciência na sua chega à Toca e sabe que as conquistas virão com o tempo. ”Vou trabalhar devagar, com calma e sem afobação de chegar logo ao profissional. Vou trabalhar no time júnior e as oportunidades no time profissional serão conseqüência desse trabalho”.