domingo, fevereiro 04, 2007

POLÍCIA MILITAR PROVOCA TUMULTO NO CAMPO DO VILA

O acanhado estádio Castor Cifuentes, o Alçapão do Bonfim, em Nova Lima, mais uma vez foi palco de confusão, durante o jogo entre Villa Nova e Cruzeiro, pelo Estadual. Desta vez, quem provocou um dos tumultos foi a Polícia Militar, que admitiu o erro.
Ao tentar aumentar o espaço reservado à torcida do Cruzeiro, um PM atirou uma bomba de gás lacrimogêneo na arquibancada. O gás atingiu vários torcedores e invadiu o campo de jogo. Com os olhos dos jogadores ardendo, o árbitro Cléver Assunção Gonçalves precisou paralisar a partida aos 26 minutos. Foram oito minutos de paralisação.
“Infelizmente, um ato lamentável. Temos de tomar providências, porque a partida transcorria normalmente. Era só a zona de separação de torcida. Não justifica. Foi um erro. Nós assumimos”, disse o tenente-coronel responsável pelo policiamento do jogo, em entrevista à rádio Itatiaia. “Acho que foi um falta de responsabilidade muito grande. O campo está cheio e é jogada uma bomba dessa no meio da torcida. Quantas crianças tem ali? Não há motivo para isso”, disse o técnico do Villa Nova, Pirulito.
“O lamentável é a Polícia Militar, não sei qual membro, se é sem experiência, soltar uma bomba de efeito moral num estádio com as dimensões tão reduzidas. Uma bomba de efeito moral no Mineirão, naquela imensidão, não vai atrapalhar o espetáculo da partida. Mas aqui, um estádio muito acanhado, atrapalha a imprensa, o trio de árbitros, os jogadores, tanto que precisou paralisar a partida, e a maioria dos torcedores”, disse o presidente do Cruzeiro, Alvimar de Oliveira