domingo, dezembro 03, 2006

Brasil fantástico



Seleção brasileira erra pouco e arrasa a Polônia, que mal teve tempo para respirar
Descontente com a atuação na semifinal contra a Sérvia e Montenegro, Bernardinho alertou que o Brasil precisaria melhorar em todos os fundamentos para derrotar a Polônia na decisão do Mundial masculino de vôlei. Os jogadores entenderam o recado do técnico e, com uma atuação sensacional, venceram o rival, até então invicto e sensação do campeonato, por surpreendentemente fáceis 3 sets a 0, com parciais de 25/12, 25/22 e 25/17, na manhã deste domingo, em Tóquio, no Japão. Maior vencedor do vôlei mundial nos anos 2000, o Brasil conquistou o bicampeonato mundial - o primeiro foi na Argentina, em 2002. Foi o 17º título em 22 competições disputadas na era Bernardinho. Ainda não surgiu uma equipe capaz de frear a sede de vitórias da seleção brasileira. Arrasador. Essa é a palavra que melhor define o desempenho do Brasil no primeiro set. O time de Bernardinho entrou em quadra tão solto que nem parecia que estava disputando uma decisão. Tudo funcionou: o saque forte o bloqueio amorteceu a maioria dos ataques poloneses e o contra-ataque foi muito eficiente. Atônito, o técnico argentino Raúl Lozano foi obrigado a pedir tempo por duas vezes para tentar consertar seu time. Não adiantou: o Brasil fechou em impressionantes 25 a 12, em apenas 20 minutos, com direito a sete pontos de ataque de André Nascimento. Para piorar a situação da Polônia, o time perdeu o seu líbero, Gacek, que sentiu o tornozelo esquerdo. O atacante Bakiewicz teve que vestir um colete e atuar improvisado na posição. Mas, depois de perder apenas seu quarto set no Mundial, a equipe européia entrou no jogo, como era de se esperar. Voltou com mais atitude para a segunda parcial e logo de cara abriu 6 a 3. Bernardinho pediu tempo, o Brasil reagiu e o jogo seguiu equilibrado até que o Brasil fez 24 a 22 num ataque de André Nascimento. No ponto seguinte, Ricardinho fez uma defesa espetacular, Dante explorou o bloqueio e a seleção fechou em 25 a 22, em 27 minutos. No terceiro set, o saque brasileiro voltou a funcionar tão bem como o primeiro. Para ajudar, os poloneses abusaram dos erros no ataque. Com isso, o time de Bernardinho liderou desde os 5 a 4, chegou a abrir oito pontos de vantagem e conduziu tranqüilamente o placar até liquidar a fatura em 25 a 17.