terça-feira, fevereiro 27, 2007

ENTREVISTA PREOCUPANTE DE ZIZA VALADARES ONTEM.

‘Devo não nego, pago quando puder’. O ditado popular reflete a situação do Atlético frente às ações trabalhistas. Estão em fase final de execução, na Justiça do Trabalho, ações contra o clube que, em breve, causarão um rombo no cofre alvinegro de cerca de 10 milhões de reais. O presidente Ziza Valadares admitiu que, no momento, o clube não tem como pagar essas dívidas.
“Não tenho como pagar nesse momento, porque isso foge da minha previsão orçamentaria”, disse, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira à tarde, no CT de Vespasiano. Entretanto, o dirigente alvinegro deixou bem claro que vai honrar as dívidas. “O Atlético não quer dar o cano em ninguém. Vai pagar tudo o que deve. Mas diante de uma possibilidade de pagamento”, afirmou.
Para quitar essas dívidas, que a qualquer momento podem ‘bater à porta do Atlético’, Ziza Valadares busca um benefício junto à Justiça do Trabalho que o América já conseguiu. Ele quer que o valor a ser pago nessas ações seja limitado em 10% do valor da receita anual do clube, que é de aproximadamente R$ 30 milhões.
“Se o Atlético não conseguir esse beneficio no trabalho, administrar o clube vai ficar muito difícil”, alertou. “Desde que assumi o clube, me vejo pela primeira vez em uma situação difícil, desconfortável”, acrescentou o presidente, que quer que o Galo recebe o mesmo tratamento dado ao América.
Se não conseguir esse benefício junto à Justiça do Trabalho, Ziza Valadares admite até o leilão da sede do clube, localizada em Lourdes. “Isso realmente preocupa o Atlético. Estão vencendo essas ações, que podem culminar com o leilão da sede, por exemplo”, afirmou.
As ações que estão em fase final de execução são com o meia Ramon (R$ 3 milhões), com o lateral-esquerdo Ronildo (R$ 2,5 milhões), com o volantes Gilberto Silva (R$ 2 milhões), com o preparador físico Noslen Mehl (R$ 1,5 milhões) e com o goleiro Kléber (1,2 milhões).
Mas a situação do Atlético pode piorar ainda mais até o final do ano. Além dessas cinco ações, outros resultados de ações ainda virão este ano, como por exemplo a do lateral-direito Evanílson, que está pedindo cerca de R$ 2 milhões.
SOLUÇÕES

Confiante de que vai conseguir reverter essa situação, o presidente do Atlético tem algumas soluções a médio prazo, como o projeto Cemig, perseguição à pirataria e projetos internacionais. Ele também vai tentar reduzir as taxas do aluguel do Mineirão e um patrocínio melhor para o clube. Venda de jogadores também não estão descartadas. Ontem,no meu programa da Rádio Alvorada, de 9 às 10 da noite, Ziza Valadares disse que o clube quer um acordo com a justiça do trabalha.Coloca a disposição, para a quitação desta dívida, 10% do que o clube arrecada anualmente,ou seja, 3 milhões de reais anuais.Para o presidente, se não houver este acordo, o clube fica numa situação sem saida.