CRUZEIRO JOGA MAL E FICA NO EMPATE

O Cruzeiro completou ontem, ao empatar por 0 a 0 com a Portuguesa, no Estádio do Canindé, em São Paulo – jogo de ida da segunda fase da Copa do Brasil –, o 10º jogo da temporada e, mais uma vez, deixou sua torcida decepcionada, porque futebol mesmo ela não teve a oportunidade de ver. Apenas nas goleadas por 4 a 0 e 4 a 1, no Guarani e Ituiutaba, respectivamente, teve um alento. Mas, em seguida, a produção do time voltou a ser medíocre. São visíveis as limitações da equipe, que está sem poder de criação, sem velocidade, e, mesmo enfrentando adversários teoricamente mais fáceis, não consegue se impor.
O jogo de volta será no dia 5 de abril, no Mineirão, quando quem vencer estará classificado (empate com gols classifica a Lusa). Caso consiga eliminar os paulistas, o Cruzeiro vai enfrentar na terceira fase Brasiliense ou Juventude. O time foi para São Paulo falando em vitória e na possibilidade de conseguir dois gols de vantagem, para não ter o jogo de volta. Era esta a esperança também para a partida contra o Veranópolis e houve empate também por 0 a 0 e ainda enfrentou um sufoco no final. Ontem, nem tanto.
Como acreditava que o ataque pudesse dar uma resposta mais positiva, o técnico Paulo Autuori fez mudanças, optando por barrar o atacante Rômulo, que fez gols apenas na estréia, na vitória por 2 a 1 sobre o Rio Branco, pelo Campeonato Mineiro. Por ser um atacante que joga fixo na área, especialista no jogo aéreo, ele estava fugindo totalmente da característica do time, mais de toque de bola. O treinador entendia que poderia estar aí a falta de poder do ataque e lançou Geovanni e Araújo, mais à frente. Só que pouca coisa mudou.
A realidade é que o Cruzeiro não conseguiu criar situações para que pudesse vencer, porque os jogadores estavam sempre distantes uns dos outros, e o meio-campo não conseguia criar lances em velocidade, ou, pelo menos, dar assistência para que um dos atacantes ficasse na cara do gol. Foram poucas as jogadas de linha de fundo, que fazem a diferença. No primeiro tempo, Fellype Gabriel fez duas tentativas pela esquerda e foi só.
Goleiro em alta
O destaque ficou para a marcação das equipes, mas também sem muito esforço, porque não houve sequer um grande lance que exigisse um algo mais. Havia o temor de que o goleiro Fábio pudesse voltar a fracassar, pois vinha sendo muito criticado pelas falhas contra Rio Branco, Villa Nova, América e Ipatinga. Ontem, o goleiro celeste demonstrou muita segurança. Fez defesas importantes.
O Cruzeiro começou num ritmo forte. Tanto que antes dos dois minutos, Geovanni foi derrubado pelo goleiro Tiago, dentro da área. Pênalti indiscutível. Marcinho cobrou no canto direito e o goleiro defendeu. Depois, o destaque coube todo a Fábio, já que foram poucas as ameaças da equipe dirigida por Paulo Autuori.