CRUZEIRO SEM IMPROVISAÇÕES
Com o fim da carreira do volante Diogo, que sofreu infarto do miocárdio, ano passado, durante treinamento na Toca; a possível saída do armador Élson, que deve rescindir seu contrato; e a contusão de Kerlon, que sofreu uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito e só volta a jogar em 2008, o Cruzeiro vai procurar reforços. Não quer deixar nenhum setor da equipe descoberto, correndo o risco de o técnico Paulo Autuori ser obrigado a improvisar. Esses problemas também abrem espaço para outros jogadores que já estão na Toca, como Leo Silva, Fellype Gabriel e Leandro Domingues.
O que está claro é que o Cruzeiro também precisa de jogadores com experiência e que possam ser a referência da equipe, se pretende disputar títulos. No Campeonato Mineiro é o líder, com 13 pontos, mas os objetivos maiores na temporada são a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Na Copa do Brasil, vai enfrentar a Portuguesa, pela segunda fase. Faltam ainda 64 dias para a estréia no Campeonato Brasileiro, marcada para 12 ou 13 de maio, contra o Fluminense. Até lá, muitas novidades podem surgir na Toca.
A diretoria não descarta trazer craques que estejam na Europa e pretendem voltar ao futebol brasileiro, como o armador Alex, do Fenerbahce (Turquia). Mas aguarda a decisão da Fifa quanto à punição por ter usado, com uma liminar, o jogador Moisés, hoje no Flamengo, cujos direitos pertenciam ao Krilya Sovetov, da Rússia. A sentença definitiva sairá nos próximos dias e o Cruzeiro pode ser punido com o impedimento de fazer transferências do exterior por dois períodos – o primeiro a partir de julho e o segundo em dezembro. Se o clube for mesmo punido, a diretoria mudará os planos, e a política de apoiar jovens jogadores vai se concretizar também para o Brasileiro.
No coletivo de reservas contra os juniores, ontem já deu para se ter uma idéia de que as jovens promessas terão um peso ainda maior. O lateral Anderson, que brilhou na conquista da Copa São Paulo de Juniores, foi um dos melhores entre os reservas. Começa a ser uma ameaça para Fábio Santos, titular da posição. O meio-campo foi formado por Leo Silva, Fellype Gabriel, Leandro Domingues e Geovanni. Na frente, Nenê e Pedro Júnior. No segundo tempo, Diego Silva entrou no ataque. Todos sonham com a camisa titular.
O atacante Guilherme e o armador Rafinha também esperam um lugar nos coletivos, na equipe reserva, para que possam provar que têm futebol para, em breve, dar alegria à torcida. Rafinha veio do São Bernardo-SP, pelo qual foi o artilheiro da Copa São Paulo, com 10 gols. Só que a comissão técnica só vai usar os jogadores que estão chegando da base a partir de maio, já que, em abril, o Cruzeiro formará duas delegações que disputarão torneios na Itália e na França, contra alguns dos mais tradicionais times do mundo.
São torneios importantes para que os jogadores adquiram experiência e também sejam valorizados. Em um deles, na Holanda (em 2004), o lateral Maxwell foi destaque e, em seguida, vendido à Ajax, da Holanda, por US$ 3 milhões (cerca de R$ 6 milhões). Agora, o presidente Alvimar de Oliveira Costa confirma que o Valência tentou contratar o atacante Bernardo, de 18 anos, por 1,5 milhão de euros (R$ 4,5 milhões). O Cruzeiro recusou porque entende que, dentro de dois ou três anos, o jogador, que é titular da Seleção Brasileira sub-17, que está disputando o Sul-americano da categoria, no Equador, estará ainda mais valorizado.
RECISÃO
Élson está indo embora. A tendência é de que o contrato do armador seja rescindido, depois de ter recebido uma semana de folga, inconformado com a reserva. Ele também teve problemas fora de campo e a política do clube é ter atletas comprometidos, acima de tudo, com o profissionalismo. Não que Paulo Autuori espere trabalhar apenas com anjos, mas quer seus atletas assumindo, a cada dia, um compromisso maior com o grupo e a equipe. Élson não entendeu e praticamente está fora dos planos.
Sua estréia foi em agosto do ano passado, no empate por 2 a 2 com o São Paulo, pelo turno do Campeonato Brasileiro, no Mineirão. A partir daí, ficou de fora apenas duas partidas, por suspensão. Disputou 26 jogos e marcou um gol. Mas, a exemplo do que aconteceu na Ponte Preta e no Palmeiras, não aceitou a condição de reserva e se rebelou.
Sua estréia foi em agosto do ano passado, no empate por 2 a 2 com o São Paulo, pelo turno do Campeonato Brasileiro, no Mineirão. A partir daí, ficou de fora apenas duas partidas, por suspensão. Disputou 26 jogos e marcou um gol. Mas, a exemplo do que aconteceu na Ponte Preta e no Palmeiras, não aceitou a condição de reserva e se rebelou.
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