MOTIVAÇÃO A PALAVRA CHAVE NO GALO

Para vencer o clássico contra o América, domingo, às 16h, no Mineirão, o Atlético precisará de muita motivação, segundo o técnico Levir Culpi. Para que os jogadores estejam o tempo todo “ligados” em campo, o treinador conta com o apoio do armador Marcinho, que, em pouco menos de um ano no clube, se tornou um dos líderes da equipe.
Tendo como principal incumbência organizar o meio-campo alvinegro, ele não se furtará a chamar a atenção dos companheiros durante o jogo. Antes mesmo da partida, procurará conversar com os outros jogadores, alertando-os para a importância de o Galo vencer para continuar entre os primeiros colocados do Campeonato Mineiro.
“Não queríamos enfrentar uma equipe na situação em que o América está, mas vamos respeitá-la bastante. Nosso time está se acertando, vem embalado, e não podemos deixar cair”, declarou Marcinho, ressaltando que o Galo poderá até mesmo assumir a liderança do Estadual se vencer e outros resultados o favorecerem. “Temos de pensar na primeira colocação, pois queremos o título.”
Justamente por fazer planos ambiciosos é que ele pensa não só na vitória sobre o Coelho, mas também em obtê-la de forma consistente. “Temos de continuar buscando os gols, pois esse é um dos critérios de desempate (no caso de o Galo terminar a primeira fase empatado em número de pontos com outras equipes)”, disse o jogador, lembrando que o time marcou oito gols nos últimos três jogos.
Desde o ano passado, Marcinho tem se saído bem atuando como volante pela esquerda. No domingo, ele volta a ter Danilinho jogando um pouco à sua frente, numa parceria que já rendeu excelentes resultados. “Realmente, há um bom entrosamento, pois o Danilinho ajuda bastante na marcação. Mas o Tchô entrou bem (na vitória por 3 a 0 sobre o Democrata-SL, domingo, no Mineirão), fez um belo gol e ajudou bastante. O importante é que o grupo é forte e está todo mundo dando o máximo nos treinos.”
Mesmo com apenas 22 anos, o armador é um dos mais experientes do atual grupo alvinegro, tendo sido campeão brasileiro com o Cruzeiro em 2003 e atuado no futebol turco. Por isso, tem facilidade para exercer a liderança, mesmo que prefira encarar de outra forma. “Não me considero um líder, mas sim um atleta que passou por bons e maus momentos. Então, procuro passar isso para os companheiros, especialmente para os mais jovens. Para se sair bem, você precisa tomar alguns cuidados”, afirmou.
BOA AÇÃO
Fora de campo, ele também mostra uma forma peculiar de ser. No início da semana, doou uma cadeira de rodas para Pablo Luiz Campos, de 15 anos, que nasceu com paralisia cerebral. Ontem, levado pela mãe, Miriam Patrícia Simão, o jovem atleticano foi à Cidade do Galo agradecer.
“Há dois anos lutávamos por uma cadeira nova para o Pablo e o Marcinho se sensibilizou, fazendo a doação. Isso mostra que bom ser humano ele é”, disse Miriam, que conheceu o jogador ano passado, durante outra visita ao CT alvinegro com o filho.
Marcinho, agora, espera dar outro presente a Pablo: “Doei a cadeira do fundo do meu coração e espero que quem tiver condições ajude os que precisam, pois vão receber em dobro. Agora, quero dar a vitória sobre o América de presente a ele, que pela primeira vez vai ao Mineirão”.