CRUZEIRO AMPLIA CONTATOS NO EXTERIOR

Conhecido no Brasil como bom vendedor, virtude que não agrada muito à sua torcida, o Cruzeiro a cada dia abre novas portas no exterior. Os alvos do momento são os mercados russo, holandês e árabe. Em viagens recentes à Europa e ao Oriente Médio, o diretor de futebol Eduardo Maluf visitou clubes, fez contatos e abriu a possibilidade para novas negociações num futuro próximo.
Em janeiro, assim que fechou a venda de Wágner para o Al-Ittihad por US$ 7,8 milhões, Maluf aproveitou a estada em Jeddah para visitar as diretorias de outros times. No retorno, passou pela Espanha e estreitou as relações com Real Madrid e Valência.
Já nos últimos sete dias, o diretor de futebol cruzeirense esteve na Rússia e na Holanda para resolver os casos Moisés e Fred. Entre uma reunião e outra, acompanhou jogos, conheceu as estruturas de Dínamo, Lokomotiv e CSKA de Moscou e divulgou o trablho feito no Cruzeiro.
Eduardo Maluf acredita que os frutos desse intercâmbio poderão ser vistos já nas próximas 'janelas' do mercado. “Não vamos lá oferecer jogador titular do Cruzeiro, não precisa, esses já estão numa vitrine muito boa e eles é que tem de vir fazer boas propostas. Mas nós temos jogadores muito jovens que às vezes não vão jogar no Cruzeiro e que podem ter esses mercados”.
Segundo Maluf, a venda de Wágner para o Al-Ittihad teria despertado o interesse de outros clubes árabes para o futebol brasileiro, em especial para o Cruzeiro. “O Wágner foi o jogador mais caro já negociado na Arábia Saudita. E nós fomos lá e abrimos portas e nós falamos para eles que nós não temos só jogadores do nível e do preço do Wágner, nós temos outros jogadores jovens. Acho que o Cruzeiro vai colher bons frutos nos próximos anos”, previu.
O segredo para se conquistar os mercados emergentes do futebol mundial seria aumentar a divulgação, acrescentou Eduardo Maluf. Se na Europa ele percebeu a força do Cruzeiro como celeiro de talentos, ficou clara a necessidade de contatos mais freqüentes na Rússia e no Oriente Médio.
“O negócio que nos deixou extremamente felizes é ver como eles conhecem o Cruzeiro na Europa. Eu falo muito isso com o Alvimar (presidente) e o Zezé (vice). Acho que a gente precisa divulgar mais o Cruzeiro, ter mais material, mostrar mais coisas no nosso site. Você chega na Holanda e eles conhecem o dia-a-dia do clube, eles têm as pessoas que falam português e que acompanham notícias. Na Arábia e Moscou menos um pouco. Essas trocas de informações são boas porque se consolida muito o relacionamento com eles. Foi um dos motivos dessas duas viagens. Mas o Cruzeiro é considerado hoje um dos grandes clubes do mundo”, concluiu o diretor de futebol.