FIAT MINAS PODE SE CLASSIFICAR HOJE

Uma vitória sobre o Pinheiros Blue Life-SP, hoje, às 17h, na Arena JK, classificará o Fiat Minas à semifinal da Superliga Feminina de Vôlei, dispensando a quarta e quinta partidas. As duas primeiras foram vencidas por 3 a 0 pelas mineiras. Para conseguir o objetivo, o técnico Cebola usa todas as armas de que dispõe, como fazer mistério sobre a escalação. O vencedor desse playoff enfrentará Finasa Osasco-SP ou Brasil Telecom-DF, que empatam sua série por 1 a 1.
Com o time classificado em terceiro lugar na primeira fase, atrás dos favoritos Rexona Ades-RJ e Finasa Osasco-SP, Cebola se espelha em campanha parecida da equipe que ele dirigia, na Liga Nacional de 1991. As mineiras também terminaram a etapa inicial em terceiro e foram vice-campeãs, chegando ao título na temporada seguinte. “Ninguém considerava o Minas favorito. Corríamos por fora”, lembra.
As jogadoras sabem que o atual time estava desacreditado. “Quem é de fora do nosso grupo e as atletas de outras equipes não crêem até agora no que estamos fazendo. Só quem é daqui confia. Quando terminamos a fase de classificação em terceiro, todo mundo se assustou. Queremos muito mais, pelo menos chegar à final”, diz Joycinha, um dos destaques da equipe.
Ela aponta o entrosamento como um dos pontos fortes do Minas. “Fernanda Garay, Ana Tiemi e eu estamos juntas há três temporadas. Natália chegou no ano passado. Marina, Michelle e Thaís vieram este ano, mas se encaixaram no grupo. Tudo isso foi muito importante para chegarmos ao estágio atual. O mais engraçado é que, no começo da Superliga, fazíamos tudo certinho no treino, mas, no jogo, errávamos muito. A partir do returno, começamos a acertar também no jogo.”
As atuações dela nos dois jogos contra o Pinheiros foram elogiadas pela comissão técnica. “O total de pontos de Joycinha no último jogo (24) significa praticamente um set”, destaca o preparador físico Sérgio Falci, remanescente do time de 1991.

SEGREDO

Cebola, que voltou a treinar a equipe em setembro, tem procurado sempre passar confiança às jogadoras. “Digo para elas que o trabalho é a base de tudo. Significa que temos de assimilar uma filosofia de jogo, a parte tática. E elas têm, acima de tudo, de acreditar nelas mesmas, sentir-se bem com o que estão fazendo e aliar tudo isso à força de vontade. É o nosso segredo.”
Ele espera mais dificuldades hoje. “O placar de 2 a 0 não nos credencia a nada. É um jogo aberto. Toda equipe enfrenta altos e baixos. O que não pode acontecer é acomodação. O Pinheiros mostrou mais força na segunda partida do que na primeira. Tem jogadoras que conseguem tirar força nas derrotas. Temos de ter mais força do que elas e aproveitar a nossa vantagem.”
Minas: Ana Tiemi, Joycinha, Natália, Marina, Thaís, Fernanda Garay e Michelle (líbero). Técnico: Cebola. Paula, Fernanda, Flávia, Lígia, Ju, Juliana Gomes e Kika (líbero). Técnico: Cláudio Pinheiro.