PELA MANHÃ DECISÃO NO TRT
O Atlético só treina à tarde, mas a manhã de hoje será muito importante para o clube. A partir de 9h, será julgado, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o pedido de redução do percentual na penhora que incide sobre sua receita, para pagamento de dívidas trabalhistas. Atualmente, 30% de todas as rendas do Galo são retidas e os advogados atleticanos reivindicam a revisão para 10%. A decisão depende dos votos de 36 desembargadores.
O pedido do Atlético se baseia no artigo 4º do Provimento número 7 da decisão que beneficiou o América, em 30 de novembro do ano passado: “Para a garantia das execuções em curso perante o Juízo Auxiliar de Execuções, será observado o percentual de 10% para efeito de constrição judicial, percentual este que incidirá sobre todas as rendas auferidas pelo clube requerente, em especial os recursos provenientes de contratos de publicidade, de transmissão televisiva, de venda de espaços comerciais e de ingressos para eventos sociais e esportivos, de cessão ou transferência de direitos federativos e de empréstimo de atletas para outras agremiações (…), garantindo o valor mínimo de R$ 40 mil reais por mês”.
Até o presidente do Cruzeiro, Alvimar de Oliveira Costa, já manifestou apoio à reivindicação atleticana e afirmou que o clube celeste tomará o mesmo caminho. O desconto de 10% nas rendas para pagamento de dívidas trabalhistas também já foi concedido, em Minas, à Santa Casa e ao governo do estado, na gestão de Itamar Franco. Fora de Minas, conseguiram o benefício clubes de Pernambuco e do Rio Grande do Sul.
O Atlético conta com o parecer favorável do TRT, para equacionar suas dívidas trabalhistas, que alcançam cerca de R$ 25 milhões, sendo que R$ 10 milhões são de ações em fase de execução. Os reclamantes são o armador Ramon (R$ 3 milhões), o lateral Ronildo (R$ 2,5 milhões), o volante Gilberto Silva (R$ 2 milhões), o goleiro Kléber (R$ 1,2 milhão) e o preparador de goleiros Noslen Mehl (R$ 1,5 milhão).
No caso de Ronildo, há duas ações contra o Galo e, por causa de uma delas, a sede do clube pode ir a leilão dia 27, de acordo com decisão do juiz José Eduardo Chaves Júnior, da 21ª Vara do Trabalho. Se o TRT atender o pedido do Galo, o leilão será evitado. Caso contrário, resta outra saída: que os sócios-proprietários que adquiriram cotas do clube na década de 1960 entrem com ação para impedir o leilão.
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