terça-feira, fevereiro 27, 2007

SEM ACORDO O CASO MOISÉS


O diretor de futebol do Cruzeiro, Eduardo Maluf, e o advogado Ivandro Sanchez não chegaram a um acordo com a diretoria do Krylia Sovetov da Rússia em relação ao “caso Moisés”.
Eduardo Maluf tentou convencer a diretoria do Krylia Sovetov a retirar da Fifa o processo que mantém contra o Cruzeiro, no qual acusam o clube de induzir o zagueiro Moisés a romper o seu vínculo na Europa unilateralmente em outubro de 2004.
Moisés chegou ao Cruzeiro em março de 2005 após ser autorizado pela Fifa a deixar o Krylia Sovetov por atrasos de salário. No entanto, em julho de 2006, a entidade maior do futebol deu ganho de causa ao Krylia em sua ação contra o jogador e o Cruzeiro.
Na época, a Fifa puniu Moisés com quatro meses de suspensão e uma multa de US$ 2,4 milhões, incluindo o Cruzeiro como “responsável solidário”. O clube mineiro ainda foi proibido de realizar transferências internacionais durante duas “janelas” do mercado.
No entanto, em agosto de 2006, o Cruzeiro conseguiu o efeito suspensivo da pena. O veredicto será dado na próxima quarta-feira (28) pelo Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), com sede em Lausanne, na Suíça. A decisão é irrevogável.
PROPOSTA
Segundo o diretor de comunicação do Cruzeiro, Valdir Barbosa, Eduardo Maluf propôs ao Krylia Sovetov a cessão de um jogador em troca da retirada do processo da Fifa. Os russos cederam pouco e pediram, além do atleta, o pagamento de € 1 milhão, cerca de R$ 2,7 milhões.
“Consideramos essa contraproposta do Krylia totalmente fora da realidade. Não foi possível sequer rediscutir com eles”, disse Barbosa.
O diretor de comunicação explicou ainda que o Cruzeiro só tentou o acordo porque sempre existe o risco de perder o caso no CAS. “Apesar de o Cruzeiro estar certo neste caso e de ter entrado como co-responsável, junto com o Moisés, tentamos esse acordo porque na Justiça cada parte tem 50% de chance de vitória. Assim como podemos ganhar, podemos perder. Agora teremos que esperar a decisão do CAS na próxima quarta (28)”, concluiu.
FEYENOORD
Depois de ir à Rússia e não obter sucesso, Eduardo Maluf passa esta segunda-feira em Roterdã, na Holanda, onde tentará negociar com a diretoria do Feyenoord a dívida de € 1,5 milhão relativa à transferência de Fred para o Lyon da França em 2005.
O pagamento deste montante ao Feyenoord foi determinado pelo CAS. Quando fechou a venda de Fred ao Lyon, o Cruzeiro entendia que deveria repassar aos holandeses 10% sobre o valor líquido da transação (€ 11,1 milhões), que excluía participação de intermediários, € 750 mil de mecanismo de solidariedade a clubes formadores e € 3 milhões pagos ao atleta.Eduardo Maluf tentará um abatimento da dívida a troco da cessão de algum atleta ao Feyenoord. Outra alternativa seria o parcelamento.