MINAS EM QUADRA PELA MANHÃ
Em desvantagem de 1 a 0 na série semifinal da Superliga Feminina de Vôlei, mais do que nunca o Fiat Minas precisa de garra e determinação, para vencer o Finasa Osasco-SP, hoje, às 11h, na Arena JK. Se perder novamente, permitirá ao adversário jogar por outra vitória, terça-feira, em casa, para ir à decisão.
Para conseguir o máximo de suas jogadoras, o técnico Cebola cita o exemplo de atletas que superaram limites. E um caso típico está no próprio time: a meio-de-rede Natália, uma de suas principais pontuadoras na competição, tem apenas 20% da audição, mas compensa a deficiência com a condição de uma das mais aplicadas do grupo.
Ela conta que nasceu sem nenhum problema e perdeu grande parte da audição aos 4 anos. “Os médicos não entendem, pois tenho o aparelho auditivo perfeito. Já fizeram vários estudos, mas não se encontrou nenhuma explicação.” Ela usa aparelho que ajuda a aumentar a capacidade auditiva, mas não a ponto de levá-la a escutar normalmente no calor de uma partida.
Natália é filha adotiva e recebeu todo o apoio da família. “Minha mãe, Ivani, desde o início procurou me ensinar, primeiro, a leitura labial, depois, a gestual. Nunca estudei em escola especial. Devo isso a ela, que sempre me ensinava as coisas, com medo que eu fosse vítima de preconceito.” Em conseqüência da deficiência na audição, enfrentou também problemas com a fala. Teve praticamente que reaprender a falar. Ainda hoje fala com quase imperceptível dificuldade.
O vôlei surgiu na vida de Natália aos 14 anos, nas escolinhas do time de sua cidade, Lorena, no interior paulista. Aos 16 anos, ela saiu de casa para jogar no Sesi Uberlândia. “Tive de aprender a me virar sozinha, mas a base dada por minha família foi fundamental. As portas se abriram para mim no Triângulo Mineiro. De lá, vim para o Minas, onde sou feliz e faço o que gosto: jogar.”
A meio-de-rede acabou por provocar mudança nas companheiras, que tiveram de aprender outras maneiras de se comunicar. “A gente a cutuca ou faz um gesto. O que ajuda é que ela é muito esperta, está atenta a tudo. Compensa a deficiência desenvolvendo outros sentidos”, diz a também meio-de-rede Marina. Natália não joga de aparelho, que a prejudica em ação. “É barulho demais. Não sei de onde vêm os sons. Não dá para diferenciar. Se a quadra está vazia, escuto minhas companheiras e quem estiver do outro lado da rede, mas, em um jogo com ginásio cheio, é impossível.”
O técnico Cebola é um fã da jogadora. “No princípio, ficava pensando como faríamos para nos comunicar, mas as coisas ocorreram de maneira muito tranqüila. Hoje, a sintonia do grupo com ela é total, dentro e fora da quadra. Além do mais, é muito aplicada, um exemplo.”
Apoio
Sobre o jogo de hoje, Natália diz que será preciso muita garra e aplicação. “Precisamos de apoio total da torcida. Quero ver as arquibancadas lotadas.” Os ingressos, ao preço de R$ 10, começarão a ser vendidos, nas bilheterias da Arena JK, às 9h, meia-hora antes da abertura dos portões. Estudante paga metade e sócios do clube entram de graça.
O técnico do Finasa, Luizomar de Moura, exige respeito ao Minas e espera compensar a desvantagem do mando de quadra. “Jogar fora de casa é sempre difícil. Ainda mais contra o Minas, que tem torcida muito apaixonada. Jogamos uma vez aqui, nesta Superliga, e perdemos. Temos de entrar com muita concentração, para superar o adversário e a torcida.”
Minas: Ana Tiemi, Joycinha, Natália, Marina, Fernanda Garay, Thaís e Michelle (líbero). Finasa: Fabiana Berto, Elisângela, Valeskinha, Carol, Paula Pequeno, Natália e Arlene (líbero).
Para conseguir o máximo de suas jogadoras, o técnico Cebola cita o exemplo de atletas que superaram limites. E um caso típico está no próprio time: a meio-de-rede Natália, uma de suas principais pontuadoras na competição, tem apenas 20% da audição, mas compensa a deficiência com a condição de uma das mais aplicadas do grupo.
Ela conta que nasceu sem nenhum problema e perdeu grande parte da audição aos 4 anos. “Os médicos não entendem, pois tenho o aparelho auditivo perfeito. Já fizeram vários estudos, mas não se encontrou nenhuma explicação.” Ela usa aparelho que ajuda a aumentar a capacidade auditiva, mas não a ponto de levá-la a escutar normalmente no calor de uma partida.
Natália é filha adotiva e recebeu todo o apoio da família. “Minha mãe, Ivani, desde o início procurou me ensinar, primeiro, a leitura labial, depois, a gestual. Nunca estudei em escola especial. Devo isso a ela, que sempre me ensinava as coisas, com medo que eu fosse vítima de preconceito.” Em conseqüência da deficiência na audição, enfrentou também problemas com a fala. Teve praticamente que reaprender a falar. Ainda hoje fala com quase imperceptível dificuldade.
O vôlei surgiu na vida de Natália aos 14 anos, nas escolinhas do time de sua cidade, Lorena, no interior paulista. Aos 16 anos, ela saiu de casa para jogar no Sesi Uberlândia. “Tive de aprender a me virar sozinha, mas a base dada por minha família foi fundamental. As portas se abriram para mim no Triângulo Mineiro. De lá, vim para o Minas, onde sou feliz e faço o que gosto: jogar.”
A meio-de-rede acabou por provocar mudança nas companheiras, que tiveram de aprender outras maneiras de se comunicar. “A gente a cutuca ou faz um gesto. O que ajuda é que ela é muito esperta, está atenta a tudo. Compensa a deficiência desenvolvendo outros sentidos”, diz a também meio-de-rede Marina. Natália não joga de aparelho, que a prejudica em ação. “É barulho demais. Não sei de onde vêm os sons. Não dá para diferenciar. Se a quadra está vazia, escuto minhas companheiras e quem estiver do outro lado da rede, mas, em um jogo com ginásio cheio, é impossível.”
O técnico Cebola é um fã da jogadora. “No princípio, ficava pensando como faríamos para nos comunicar, mas as coisas ocorreram de maneira muito tranqüila. Hoje, a sintonia do grupo com ela é total, dentro e fora da quadra. Além do mais, é muito aplicada, um exemplo.”
Apoio
Sobre o jogo de hoje, Natália diz que será preciso muita garra e aplicação. “Precisamos de apoio total da torcida. Quero ver as arquibancadas lotadas.” Os ingressos, ao preço de R$ 10, começarão a ser vendidos, nas bilheterias da Arena JK, às 9h, meia-hora antes da abertura dos portões. Estudante paga metade e sócios do clube entram de graça.
O técnico do Finasa, Luizomar de Moura, exige respeito ao Minas e espera compensar a desvantagem do mando de quadra. “Jogar fora de casa é sempre difícil. Ainda mais contra o Minas, que tem torcida muito apaixonada. Jogamos uma vez aqui, nesta Superliga, e perdemos. Temos de entrar com muita concentração, para superar o adversário e a torcida.”
Minas: Ana Tiemi, Joycinha, Natália, Marina, Fernanda Garay, Thaís e Michelle (líbero). Finasa: Fabiana Berto, Elisângela, Valeskinha, Carol, Paula Pequeno, Natália e Arlene (líbero).
MASCULINO
15 horas-Arena JK- Clássico mineiro no vôlei: Telemig Celular Minas x Sada Betim
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