O AMÉRICA E SUA LUTA

Com apenas 4 pontos, o América está a quatro do Ituiutaba e cinco da Caldense, o último fora da zona do rebaixamento. O clube pode, literalmente, fechar as portas, se cair mesmo para o Módulo II. Sem receita, tem-se se valido da ajuda do presidente Antônio Baltazar – que chegou até mesmo a vender dois apartamentos, entre outros bens, para pagar os salários dos jogadores – e de terceiros.
“Semana passada, precisei tirar do bolso, para comprar copos descartáveis”, revela o diretor de futebol, Alexandre Mattos. Contratado há oito dias, o técnico Procópio Cardoso solicitou 30 bolas da Penalty, marca oficial do Estadual, pois só há seis disponíveis. “Mas cada uma custa R$ 130. Simplesmente não temos como adquiri-las”, lamenta o dirigente.
“Se o time cair, os credores não terão como receber. O clube terá sérias dificuldades para arcar com os compromissos”, avisa o vice presidente de comunicação, Alencar da Silveira, agora também no futebol. “Vou protocolar um pedido ao governador, para a criação de nova loteria, com participação de Atlético, Cruzeiro e América, que receberiam uma cota.”
Em meio ao ambiente de tristeza, Procópio comandou ontem coletivo dos reservas contra os juniores. O armador Márcio Diogo e o atacante André, que haviam sido afastados por indisciplina, acabaram perdoados.