ATLÉTICO CONSEGUE ACORDO NO TRT

O Atlético saiu vitorioso do julgamento do provimento administrativo pedido pelo clube ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O Galo conseguiu limitar em 15% de sua receita o montante destinado ao pagamento das dívidas trabalhistas do clube. O provimento tem validade a partir da publicação no Diário Oficial de Minas Gerias.
O Tribunal acatou um acordo do Atlético com seus principais credores. A princípio, o clube desejava 10%, mas aceitou aumentar o percentual. No prazo de um ano, a Justiça poderá rever o valor destinado ao pagamento das dívidas e verificar se o provimento conquistado nesta sexta está sendo corretamente cumprido. Dos 24 votos, 19 foram a favor do pedido atleticano e cinco desembargadores foram contra.
Roberto Vasconcellos comemorou decisão do TRT, favorável ao Galo
Em valores atuais, calculados a partir do orçamento do clube para 2007, o valor mínimo para o pagamento das dívidas será de R$ 375 mil. Atualmente o Galo deve entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões em dívidas com ex-funcionários. Cerca de R$ 10 milhões estão em fase de execução. Dos credores do clube, 70% estavam representados na audiência desta sexta-feira.O vice-presidente jurídico do clube, Roberto Vasconcellos, comemorou a decisão do TRT, mas destacou que ela não resolve todos os problemas alvinegros. "Não é a solução para todos os problemas, uma vez que se refere apenas ao âmbito trabalhista, mas é a primeira medida das muitas que precisam ser tomadas. Essa decisão tem que vir aliada a imediato choque de gestão", avisou.
Obrigações do clube
Pelo acordo firmado com o TRT, o clube alvinegro terá que apresentar mensalmente um balancete financeiro. Para facilitar o processo, será criado um Juízo Auxiliar de Conciliação. Nele estarão concentradas todas as ações trabalhistas contra o Atlético, que estiveram em fase de execução. Roberto Vasconcellos explicou qual será a regra para pagar os credores. "A divisão obedece uma ordem cronológica. O primeiro credor, em termos de antigüidade, receberá todo o seu crédito, e assim sucessivamente. Não haverá uma pulverização do dinheiro entre os credores. Haverá uma fila de credores".