O CONDOMÍNIO DE DÍVIDA TRABALHISTA JÁ FUNCIONA NO AMÉRICA

O que tanto o Atlético cobiça, o América já tem. O tão falado condomínio de ações trabalhistas está ajudando o Coelho a se tornar um clube viável financeiramente, o que deve ocorrer em, no máximo, 18 meses. É o que garante Paulo Lasmar, vice-presidente jurídico americano e responsável por viabilizar o condomínio “Não existe segredo. Só notamos que tribunais de estados como Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estavam dando ganho de causa aos clubes. Assim, fizemos uma petição, detalhando a nossa difícil situação, solicitando o benefício ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Apenas isso”, diz.
Desde fevereiro, o América destina só 10% de sua receita ao pagamento de dívidas trabalhistas “Até então, o nosso orçamento estava todo comprometido com essas dívidas.” Segundo Lasmar, o TRT nomeou um juiz auxiliar para coordenar todas as ações envolvendo o América: “Antes, as ações ficavam aos cuidados de vários juízes”.
Os depósitos são feitos em conta da Caixa Econômica Federal. “Depositamos o combinado, que fica à disposição do juiz auxiliar, e o restante da nossa receita pode ser gasto com o clube”, detalhou. Lasmar não soube precisar quanto o América tem de débitos trabalhistas, mas garantiu que, com o condomínio, eles caminham para ser pagos.
“Não sei dizer exatamente o tamanho dela, mas é bem inferior ao nosso patrimônio”, garante o dirigente. A situação estaria um pouco melhor se o time estivesse bem no Campeonato Mineiro: “A receita seria maior, as dívidas seriam pagas mais rapidamente e ainda teríamos como investir mais no próprio futebol”.
Contudo, ele faz questão de frisar que, mesmo com problemas dentro de campo, o condomínio não pára: “É por isso que, em um ano e meio, no máximo, todos se surpreenderão com o América. Seremos um clube mais que viável”.