sábado, março 31, 2007

TELEMIG CELULAR MINAS EM CASA HOJE

Em vantagem de 1 a 0 na série contra a Ulbra, Minas tenta vencer segundo jogo, hoje, e terceiro, terça-feira, na Arena JK, para avançar à decisão da Superliga
Os dois vice-campeonatos consecutivos, com derrotas nos jogos decisivos no Mineirinho, estão engasgados na garganta dos jogadores do Telemig Celular Minas, que fazem hoje, às 13h, contra a Ulbra Uptime, na Arena JK, o segundo jogo da melhor de cinco das semifinais da Superliga Masculina de Vôlei. Os mineiros, que vencem a série por 1 a 0 – fizeram 3 a 0 em Canoas (RS), quarta-feira –, tentam garantir em casa a vaga nas finais, pois a terceira partida, terça-feira, também será em Belo Horizonte.
Em sua terceira temporada no Minas, o meio-de-rede Jardel se diz totalmente à vontade no clube. “Sou um minas-tenista. Olhem só, já até incorporei a maneira como chamam quem é daqui. O clube me deu a oportunidade de jogar e, aqui, eu me identifiquei com o torcedor e com o sócio. Sou feliz e quero muito retribuir isso com um título.”
Para Jardel, o grupo não consegue esquecer os títulos perdidos, consecutivamente, para Banespa-SP e Cimed-SC – principalmente o segundo. “Temos, antes, de passar pela Ulbra. Mas não me esqueço da final do ano passado. Tínhamos a vantagem do mando de quadra em três dos cinco jogos. A série estava empatada em 1 a 1 e perdemos o terceiro jogo em casa. Vencíamos por 2 a 0 nessa partida e deixamos escapar a vitória. Mas nos recuperamos em Florianópolis, com 3 a 0, e viemos para o quinto jogo. Eles fizeram 1 a 0, nós empatamos, mas, a partir daí, tudo começou a dar errado. A base do nosso time passou por isso junta, e todos são bastante experientes para impedir que isso se repita.”
HARMONIA
Mas alguma coisa mudou no grupo nesta temporada, principalmente o ambiente, o que Jardel atribui ao técnico Mauro Grasso, substituto do argentino Jon Uriarte, hoje comandando a Seleção de seu país. “O entrosamento é total. Está todo mundo integrado. Confesso que, ano passado, a impressão era de cada um por si. Cada um fazia sua parte, sem se preocupar com o todo. Agora, é muito diferente.”
Ele deixa escapar uma crítica a Uriarte. “Eu mesmo quase não conversava com ele. Mauro é diferente. Dá abertura para a gente. Conversamos sobre qualquer assunto, até mesmo particular. Existe harmonia. Somos uma família. Assim, tudo se resolve.”
Minas: Rafael, Samuel, Jardel, Alberto, Minuzzi, Ezinho e Serginho (líbero). Técnico: Mauro Grasso. Ulbra: Rodriguinho, Ualas, Theo, Lucas, Rafa, Bob e Alan (líbero). Técnico: Percy Oncken.
O ingresso custa R$ 10, mas o Minas decidiu fazer promoção e cobrar só metade. Sócios entram de graça. A venda começa às 10h, meia hora antes da abertura dos portões.

VANDERLEI QUER MARCAR O PRIMEIRO


Quando entrar em campo para pegar o Ipatinga, amanhã, pela 10ª rodada do Campeonato Mineiro, o atacante Vanderlei vai encarar uma série de novidades. Contratado no fim do ano passado, pela primeira vez ele vai atuar no Estádio Independência e também enfrentar o time do Vale do Aço. Para completar, tentará marcar o primeiro gol pelo Galo diante da torcida alvinegra.
Aos 28 anos, o artilheiro da Série B do Campeonato Brasileiro’2006, pelo Gama, construiu a carreira no Sul do Brasil, onde atuou por Tubarão-SC, Figueirense-SC, Farroupilha-RS e Glória-RS. Por isso, encara com naturalidade as “estréias” no futebol mineiro. “São coisas novas, mas o importante é procurar fazer, ao lado de meus companheiros, um bom jogo, ajudando o time a conquistar a vitória, que será muito importante para nossa classificação às semifinais”, disse.
Mesmo que nunca tenha enfrentado o Tigre, ele sabe que se trata de um time que tem feito boas campanhas, que o tornaram a terceira força em Minas. “Esperamos um jogo complicado, pois eles também precisam da vitória para continuar lutando pela vaga. Por isso será importante vencer: além de encaminhar nossa classificação, vamos tirá-los do páreo”, argumenta.
Além da vitória, ele espera marcar o primeiro gol com a camisa alvinegra em Belo Horizonte. Afinal, os cinco gols que o tornaram artilheiro da equipe em 2007 foram marcados em jogos fora de casa: contra o Colo-Colo, em Ilhéus, e América-RJ, no Rio, pela Copa do Brasil; e diante de Caldense, Guarani e Ituiutaba, pelo Estadual.
“Também quero fazer um gol com os pés, que não fiz aqui ainda. Mas, se sair mais um de cabeça, tudo bem. O que vale é a vitória do Atlético”, disse o artilheiro, que tem no jogo aéreo uma de suas especialidades.
Em Ituiutaba, sábado, onde o Galo venceu o time da casa por 2 a 0, Vanderlei lutou muito para tentar marcar mais gols. Por isso, deixou o campo exausto. Com mais uma chance como titular e jogando em Belo Horizonte, ele acha que conseguirá se sair melhor. “Aquela foi a partida na qual mais senti a parte física, até pelo forte calor. Mas, com mais um jogo na seqüência, o desempenho tende a crescer.”
O mesmo vale, segundo ele, para o time. Com o técnico Levir Culpi tendo chance de repetir a base da equipe, a tendência é que o entrosamento melhore a cada jogo. Isso não significa, porém, que haverá folga na preparação. “Estamos procurando atingir a forma ideal, mas o Levir cobra bastante, pois a equipe ainda não está bem encaixada, ainda dá espaço na marcação e erra jogadas no ataque. É um trabalho contínuo, que não dá lugar para acomodação”, disse Vanderlei.
Ingressos
A diretoria do Atlético obteve êxito parcial no recurso contra a tutela antecipada concedida ao Ministério Público, relativa ao confronto com o Ipatinga. O clube desejava pôr à venda 11.500 ingressos, liberar o consumo de bebida alcóolica e vender entradas na hora do jogo. O Tribunal de Justiça permitiu apenas essa última, mantendo os bilhetes limitados a 10.350, como desejado pelo MP.
O Galo terá de jogar no Independência porque o Mineirão está alugado este fim de semana para um evento musical. O clube tentou mudar a data do jogo para poder atuar no estádio da Pampulha, mas não teve o pedido acatado pela Federação Mineira de Futebol.

JOGADORES APROVAM GRAMADO DO INDEPENDÊNCIA


Se depender do gramado do Independência, o Atlético terá todas as condições de vencer o Ipatinga. Isso é o que pensam os jogadores alvinegros, que ontem à tarde treinaram no local da partida de amanhã. Mesmo os que reclamaram da altura da grama acham que isso não será empecilho para o time desenvolver seu melhor futebol. Um desses foi o lateral-direito Coelho. Ele chegou a torcer o tornozelo ao pisar em uma depressão durante a atividade, foi atendido pelo médico Rodrigo Lasmar, mas tem presença garantida diante do Tigre. “O piso é um pouco fofo e com alguns buracos, como o que eu pisei. Por isso foi importante treinar aqui, agora já sei que será preciso estar atento a esse aspecto”, disse o jogador, que considera o piso do estádio do Horto um pouco “pesado”, mas não vê como isso possa prejudicar o Galo. “Até porque o do Mineirão também é assim e já estamos acostumados.” As características do Independência vão levá-lo a ter atenção na hora de escolher a chuteira. Para ter mais liberdade de movimentação, principalmente na hora de fazer giros, Coelho decidiu jogar com o modelo de travas redondas, e não com a de apoio retangular. Quem também considerou a grama um pouco alta foi o atacante Éder Luís. “Mas isso tem um lado bom, pois a bola quica menos e facilita o domínio”, argumentou. Até o técnico Levir Culpi, conhecido pelo alto grau de exigência, quando o assunto é gramado, mostrou-se satisfeito com o que viu ontem. Segundo ele, mesmo que haja tipos diferentes de grama, o local oferece condições de o Galo fazer um bom jogo. “O Mineirão realmente é melhor, mas aqui não há maiores problemas.” No treino de ontem, ele exigiu bastante marcação dos jogadores, além de saídas rápidas quando o time retomar a bola. “É dessa forma que vamos procurar jogar para buscar a vitória contra o Ipatinga”, disse Éder Luís, um dos responsáveis por puxar os contra-ataques. A preparação para o jogo será encerrada com treino na manhã de hoje, na Cidade do Galo. A novidade diante do Ipatinga será a volta do zagueiro Lima, que cumpriu suspensão automática diante do Ituiutaba.

A REALIDADE DO AMÉRICA

Com uma dívida trabalhista de R$ 30 milhões, uma receita fixa bruta entre R$ 35 mil e R$ 40 mil e um gasto mensal de R$ 450 mil a R$ 500 mil, a realidade do América é apavorante. A frieza e a exatidão dos números mostram quadro deficitário sem precedentes. Os argumentos, ainda que justificáveis, parecem evasivos diante de um cenário que exige ações urgentes e de perspectiva tenebrosa.
Mesmo com esse quadro, o presidente Antônio Baltazar, em entrevista concedida ontem, no Centro de Treinamento Lanna Drumond, assegura que o América é viável. E a saída apontada pelo dirigente é o condomínio de ações: “É um projeto que vai sanear o clube. O problema é que houve atraso na implementação e outras decisões também tiveram de ser adiadas. Uma reação em cadeia. E isso aconteceu por motivo cartesiano, matemático. Temos de tentar buscar o equilíbrio”.
Além desse projeto, o dirigente cita uma receita do próprio patrimônio do América: “Ele está sendo saneado e nos dará retorno”. A venda de jogadores é outra saída apontada. Ele disse que o clube tem 77 jogadores, sendo 28 emprestados, e, com eles, espera obter algum dinheiro para o falido caixa, já que, da receita mensal, não se pode esperar praticamente nada. São R$ 15 mil do clube de lazer e R$ 5 mil do conselho deliberativo, cujos conselheiros pagam anuidade entre R$ 30 e R$ 100. Dos 480 conselheiros, contribuem, com assiduidade, cerca de 200.
Os salários estão atrasados há um mês. O de março vence na próxima semana e a apreensão de todos é enorme. No atual grupo, o maior salário é de R$ 6 mil. A maioria recebe de R$ 2 mil a R$ 3 mil. Quando assumiu o América, há dois anos, Antônio Baltazar encontrou sete meses de salários atrasados, números dados pelo diretor de futebol Alexandre Mattos. Há ainda as ações na Justiça. Das 118, o presidente contou que houve acordo em 40 delas, 32 estão ajuizadas e 28 em disputa jurídica.
Com tantos problemas, o painel exibido pelo América nas entrevistas e as marcas estampadas no uniforme com sete patrocinadores parecem ser um alento. Mas, na prática, o clube recebe bem menos do que precisa. Ainda que tenham que comemorar, tanto que os chamam de parceiros, já que três contribuem com dinheiro, e quatro são permuta.
PARCEIROS
É desalentador. Mas a esperança e a confiança do atual comando são inabaláveis quanto ao futuro: “Não tenho crítica a antecessor. É fato que a dívida do América saiu do controle em 2001, mas vamos recuperar o clube. Não temos fonte de recursos e precisamos produzir receita. Não aceitamos virada de mesa, buscaremos opções possíveis e com dignidade. Existe a chance de jogar a Série C do Campeonato Brasileiro, vamos lutar até o fim, e disputaremos a Taça Minas Gerais, que nos proporcionará pequenos patrocínios e parcerias”. A disputa da Série C custaria aos cofres do clube R$ 4,3 milhões: “Temos de fazer recurso e sacrifício, porque não podemos parar”.
No futebol, razão de ser do clube, Antônio Baltazar também se mostra otimista: “Reformulação paralela ao trabalho extracampo. Vamos mexer no profissional e na base. Mudanças profundas, que começarão depois do encerramento do Campeonato Mineiro”. Haverá dispensas. A base, que tem um investimento mensal de R$ 120 mil, será privilegiada e o técnico Procópio Cardoso, com contrato até o fim do Estadual, pode ou não permanecer. O time treina hoje, às 8h30, no Lanna Drumond, se preparando para a partida contra o Democrata, de Sete Lagoas, dia 8, no Independência.
A esperança do América de ter mais três pontos a disputar no Estadual e, assim, ainda ter chances de fugir do rebaixamento, teve um novo capítulo ontem: foi marcado para terça-feira o julgamento do TJD do pedido de impugnação do clássico com o Cruzeiro, no qual o América alega que houve inversão do mando de campo.

TIGRE VEM QUENTE PARA DERRUBAR O GALO

O Ipatinga entra em campo domingo para enfrentar o Atlético, no Independência, sabendo que terá de quebrar um tabu para chegar às semifinais do Campeonato Mineiro. O Tigre, que nunca conseguiu derrotar o Galo, precisa de duas vitórias nas duas rodadas restantes para terminar a primeira fase entre os quatro primeiros colocados. Na última rodada, recebe o Ituiutaba, no Ipatingão, em 8 de abril. A equipe do técnico Flávio Lopes ocupa a oitava posição, com 12 pontos, quatro a menos que o Rio Branco, quarto colocado, que tem um jogo a mais. Além de vencer seus dois últimos jogos, o Ipatinga depende de tropeços de Democrata-GV, Tupi, Democrata-SL e do time de Andradas. Flávio Lopes tem três problemas para escalar o time. Os volantes Charles e Everton estão suspensos. O primeiro foi expulso e o segundo levou o terceiro cartão amarelo na derrota por 3 a 2 para o Tupi, domingo, em Juiz de Fora. Outro desfalque é o atacante Ferreira, com estiramento no adutor da coxa direita. Os substitutos ainda não foram confirmados . No treino tático de ontem à tarde, no campo da Queiroz Galvão, o treinador escalou Márcio Alemão na zaga, ao lado de Matheus, e deslocou Henrique para o meio, ao lado de Luciano Sorriso. No ataque, Roncatto treinou com Diego Silva.

DEMOCRATA JACARÉ: SÓ UMA VITÓRIA INTERESSA

O Democrata está pronto para o principal desafio da temporada: vencer o Cruzeiro e começar a sonhar alto, já que, se ganhar os três pontos, terá reais chances de ficar com uma das vagas da Série C do Campeonato Brasileiro e, ainda, lutar para, na rodada final, diante do América, chegar aos 19 pontos e garantir lugar nas semifinais do Campeonato Mineiro. O ambiente em Sete Lagoas é excelente. Jogadores e membros da comissão técnica acreditam que o Jacaré poderá atingir seu melhor momento dos últimos tempos, repetindo façanhas do passado, como em 1957, quando foi vice-campeão, ao decidir o Estadual com o América. A experiência do goleiro Cláudio e do zagueiro Sandro Barbosa serão fundamentais para que o time possa conseguir a vitória. Eles estão mostrando aos companheiros que, com superação, é possível pôr o Democrata entre os primeiros do Estadual. Cláudio lembra que, em 1997, pelo Villa Nova, foi vice-campeão mineiro. O adversário nas finais foi o Cruzeiro, que ficou com o título, ao perder em Nova Lima por 2 a 1 e vencer no Mineirão por 1 a 0. Sandro destaca que é importante aproveitar o fator campo: “O Cruzeiro não está acostumado a jogar aqui e vamos ter ainda o incentivo de nossa imensa torcida. Se para eles é mais um jogo, para nós é decisão”. Em relação à última rodada, as novidades são Dudu e Jean Carlo, no meio-campo, e Paulinho, no ataque. Os três estavam suspensos. A preparação final foi ontem cedo. O técnico Zezito, muito experiente no comando de times do interior, destaca que, se realmente conseguir um resultado positivo hoje, o Democrata vai crescer muito mais na reta final: “Confiança é tudo. Já estamos acreditando em nossas forças, mas, se vencermos o Cruzeiro, será o algo mais que faltava”.

CRUZEIRO HOJE EM SETE LAGOAS

Líder isolado do Campeonato Mineiro com 19 pontos, o Cruzeiro enfrenta o Democrata neste sábado, às 15h30, no estádio Joaquim Henrique Nogueira, em Sete Lagoas, disposto a manter-se à frente do rival Atlético, que tem 17 pontos e persegue o primeiro lugar, e a sacramentar a classificação matemática às semifinais do Estadual.
Do outro lado, os anfitriões, com 13 pontos, precisam de todas as formas da vitória para continuar na briga pela classificação entre os quatro primeiros. O “Jacaré” vem de triunfos sobre Guarani, em casa, e Caldense, como visitante, e jogará no limite contra o líder.
O técnico Zezito acredita numa surpresa. “Nós temos chances, sabemos das dificuldades, mas a gente tem fé de que vamos conseguir essa classificação, que é o sonho de todo setelagoano. Vencer o Cruzeiro é difícil, mas essa é a nossa saída”, disse.
O Democrata aposta na marcação para parar o melhor ataque do Estadual, autor de 25 gols em nove jogos. “Nosso elenco é jovem, só tem molecada, temos apenas três jogadores experientes, mas está tudo treinadinho. Vamos marcar forte, sem dar espaços, porque é difícil marcar jogadores do nível como do Cruzeiro. A nossa expectativa é não deixá-los jogar e conseguir surpreender”.
O técnico cruzeirense Paulo Autuori sabe que a partida é decisiva para o adversário e, por isso, espera um dos duelos mais difíceis deste Mineiro. “É um adversário que tem ainda condições de entrar entre os quatro, vai ter um jogo contra o Cruzeiro, o jogo para nós vai ser difícil, sabemos disso. Depois eles têm só o último jogo para tentar a sua classificação, então é uma equipe de valor, vem demonstrando isso no campeonato, que está equilibrado, mas a gente sabe o que tem que fazer no jogo para sair com a vitória”.
Contra o Democrata, Autuori vai promover a volta de Fábio Santos à lateral esquerda. Bastante criticado pelos torcedores quando era o titular, Fábio foi substituído por Jonathan nos três últimos jogos. Passada a pressão, o jogador está otimista de que vai agradar. “Agora eu estou bem confiante, me sinto mais preparado para agarrar a posição de uma vez. Acredito que o Autuori está vendo isso, até porque ele já conhece o meu potencial, e esse é o meu objetivo: entrar na equipe para não sair mais”, garantiu.
A zaga também será toda alterada. Gladstone, livre de suspensão, retorna no lugar de Thiago Heleno. Já o garoto Luizão vai substituir André Luís, que recebeu o terceiro cartão amarelo.
No Democrata, volante Dudu Araxá, o meia Jean Carlo e o atacante Paulinho voltam após cumprirem suspensão. O zagueiro Sandro Barbosa recuperou-se das dores na virilha e também está confirmado.
Instabilidade
Contra o Democrata-SL, o Cruzeiro tentará corrigir os erros defensivos apresentados diante do Democrata-GV, no Mineirão. A nove minutos do fim, o time sofreu dois gols e quase complicou a vitória que era fácil na 9ª rodada. Araújo, artilheiro da competição com nove gols, acredita que tudo não passou de “desconcentração”.
“Nós trabalhamos forte durante a semana, mas o problema é mais de concentração. Com a vitória na mão a gente está dando algumas bobeiras, estamos relaxando, mas com diálogo em campo, mais atenção e disposição, isso não vai acontecer mais”, disse Araújo.
Público
O estádio Joaquim Henrique Nogueira receberá cerca de 20 mil espectadores neste sábado. Quase todos os ingressos foram vendidos. Forte em torcida no interior, o Cruzeiro poderá receber apoio maior que os anfitriões. (UAI)
FICHA TÉCNICA
DEMOCRATA-SL X CRUZEIRO
ESCALÇÃO DO DEMOCRATA
Cláudio Santos; Rafael Cruz, Sandro Barbosa, Luiz Gustavo e Léo Veloso; Dudu Araxá, Roberto, João Paulo e Jean Carlo; Elcimar e Paulinho- Técnico Zezito
ESCALAÇÃO DO CRUZEIRO
Fábio; Gabriel, Gladstone, Luizão e Fábio Santos; Renan, Ricardinho, Marcinho e Geovanni; Nenê e Araújo- Técnico Paulo Autuori
Local: Estádio Joaquim Henrique Nogueira, em Sete Lagoas (MG)
Data e hora: Sábado (31/03), às 15h30
Árbitro: Enéas Eugênio Aguiar-Assistentes: Jair Albano Felix e Eduardo Henrique Vieira Campos
Motivo: 10ª rodada do Campeonato Mineiro

sexta-feira, março 30, 2007

JOGOS DO MINEIRO NO FINAL DE SEMANA

Amanhã- 15.30- Sete Lagoas- Democrata SL x Cruzeiro
Domingo-16.00- Divinópolis - Guarani x Democrata GV
Poços de Caldas - Caldense x Tupi
Ituiutaba - Ituiutaba x Villa Nova
Belo Horizonte - Atlético x Ipatinga- Independência

TELEMIG CELULAR MINAS DECIDE EM CASA

O Telemig Celular Minas abriu com vitória a série contra a Ulbra Uptime-RS, por 3 a 0 (26/24, 25/23 e 25/18), quinta feira , mesmo jogando em Canoas (RS), e agora tem a chance de fechar a série em casa, já que os dois próximos confrontos serão na Arena JK, em Belo Horizonte, amanhã, às 13h, e terça-feira, às 19h30. Os placares dos sets mostram o equilíbrio do jogo, principalmente nos dois primeiros, quando a diferença foi de apenas dois pontos.

IPATINGA: VENCER OU VENCER

O Ipatinga entra em campo domingo para enfrentar o Atlético, no Independência, sabendo que terá de quebrar um tabu para chegar às semifinais do Campeonato Mineiro. O Tigre, que nunca conseguiu derrotar o Galo, precisa de duas vitórias nas duas rodadas restantes para terminar a primeira fase entre os quatro primeiros colocados. Na última rodada, recebe o Ituiutaba, no Ipatingão, em 8 de abril. A equipe do técnico Flávio Lopes ocupa a oitava posição, com 12 pontos, quatro a menos que o Rio Branco, quarto colocado, que tem um jogo a mais. Além de vencer seus dois últimos jogos, o Ipatinga depende de tropeços de Democrata-GV, Tupi, Democrata-SL e do time de Andradas. Flávio Lopes tem três problemas para escalar o time. Os volantes Charles e Everton estão suspensos. O primeiro foi expulso e o segundo levou o terceiro cartão amarelo na derrota por 3 a 2 para o Tupi, domingo, em Juiz de Fora. Outro desfalque é o atacante Ferreira, com estiramento no adutor da coxa direita. Os substitutos ainda não foram confirmados . No treino tático de ontem à tarde, no campo da Queiroz Galvão, o treinador escalou Márcio Alemão na zaga, ao lado de Matheus, e deslocou Henrique para o meio, ao lado de Luciano Sorriso. No ataque, Roncatto treinou com Diego Silva.

CBF ANULA JOGO E FAVORECE VILLA NOVA

A Confederação Brasileira de Futebol confirmou as partidas do Villa Nova contra o Avaí, pela segunda fase da Copa do Brasil. O primeiro jogo será disputado na próxima quarta-feira, em Nova Lima. O confronto de volta está marcado para o dia 11 de abril, em Florianópolis. O Rio Branco-PR, que havia vencido o Avaí na primeira fase, acabou eliminado da competição pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, devido à escalação de um jogador irregular. O clube paranaense pretende recorrer. A decisão foi comemorada pelo Villa Nova, já que o time mineiro perdeu o jogo de ida para o Rio Branco por 3 a 0, e agora poderá realizar novamente as duas partidas, contra o Avaí.

DEMOCRATA JACARÉ TEM DÚVIDA NA ZAGA

O técnico do Democrata-SL, Zezito, comandou um treino coletivo nesta quinta-feira em Sete Lagoas, mas tem uma dúvida para definir a equipe que enfrenta o Cruzeiro neste sábado, às 15h30, no estádio Joaquim Henrique Nogueira. O zagueiro Sandro Barbosa se queixa de dores na virilha e pode ser substituído por Tallys. O volante Dudu Araxá, o meia Jean Carlo e o atacante Paulinho, que cumpriram suspensão contra a Caldense, voltam ao time. A equipe provável para enfrentar o Cruzeiro é Cláudio Santos; Rafael Cruz, Sandro Barbosa (Tallys), Luiz Gustavo e Léo Veloso; Dudu Araxá, Roberto, João Paulo e Jean Carlo; Elcimar e Paulinho.

ALEX CONVERSOU COM JAECI CARVALHO

Istambul(Jaeci Carvalho-Estado de Minas) – O sonho do torcedor do Cruzeiro de contar com Alex no Campeonato Brasileiro acabou. O armador, cujo contrato com o Fenerbahce vence em julho, revelou ontem estar prestes a renovar o compromisso com o clube turco por mais três anos. Se houver alguma reviravolta, seu destino será o Hertha Berlin, que lhe acena com tentatora proposta.
“Cheguei a pensar em voltar ao Brasil, particularmente ao Cruzeiro. Mas revi a posição, por causa da violência no país, com seqüestros de parentes de jogadores, e optei por permanecer na Europa até o fim da carreira. Jantei com o presidente do clube, mas não é fácil negociar com turco. Eles levam de 20 a 30 dias fazendo propostas e recebendo as pedidas, até acertar.”
O Fenerbahce contratou o atacante sérvio Kesman, por cerca de 3,5 milhões de euros anuais. Como Alex é a estrela do time e ídolo da torcida, está pedindo um pouco mais. Evita falar em valores, mas, por menos do que o novo companheiro, dificilmente renova. Como a oferta do Hertha é alta, o clube de Istambul precisa agir rápido, para não perder seu craque.
TÍTULO À VISTA
Alex diz que o acordo para ficar está próximo e não acredita em problemas. A equipe está prestes a ser campeã nacional pela segunda vez e briga pelo título da Copa da Turquia. “Fui vice-campeão da Copa, ano passado, e quero ganhá-la agora, juntamente com o Campeonato Turco. Só lamento não termos avançado na Copa da Uefa, depois da boa primeira fase. Este é o ano do centenário do clube, e queremos ganhar os dois títulos. Há uma promessa também do presidente de montar um grande time, para chegar bem à Liga dos Campeões.”
A decisão de continuar no futebol europeu até o fim da carreira foi tomada por Alex em consenso com a mulher, Daiane. Eles querem ver as filhas Maria Eduarda, que vai completar 3 anos, e Antônia, de cinco meses, crescendo na tranqüilidade do local. “No Brasil, a violência caminha a passos largos. Se voltasse, atuaria em São Paulo ou Belo Horizonte, cidades violentas. Quando retornar, pretendo morar em Curitiba, e até poderia encerrar minha carreira no Coritiba, mas isso não vai acontecer tão cedo. Estou com 29 anos e penso em jogar até os 36. Mas a qualidade de vida, com jogos somente nos fins de semana, e o tempo para a família me fazem pensar em ficar. No Brasil, a gente joga quarta-feira, sábado, domingo e não tem tempo de viver. Quero criar a Antônia, como estou criando a Maria Eduarda, com tempo para curti-la e vê-la crescer.”
Domingo, o Fenerbahce enfrenta o Ancara, em casa, e defende vantagem de seis pontos sobre o Besiktas. “Estamos a nove rodadas do fim da competição e precisamos garantir o título. Teremos cinco jogos em casa e quatro fora. Não podemos nos desconcentrar. É trabalhar para vencer as partidas e consolidar a conquista. Depois, renovar meu contrato e ficar mais três anos, pelo menos, em Istambul.”

NOVIDADE DE AUTUORI NA LATERAL

Para vencer o Democrata-SL, amanhã, às 15h30, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, e manter a liderança do Campeonato Mineiro – chegará aos 22 pontos –, o técnico Paulo Autuori decidiu investir nos laterais do Crzeiro. Mantém Gabriel na direita e retorna Fábio Santos na esquerda. Dessa forma, espera mais assistências aos atacantes, com mais bolas cruzadas na área, além de jogadas rápidas, com trocas de passes, principal característica do time . E que haja ainda o equilíbrio do setor defensivo, que vem pecando pela falta de concentração. Pelo menos 10 dos 15 gols sofridos no Estadual foram por falhas, segundo o treinador, porque os jogadores não estavam atentos.
Fábio Santos perdeu a camisa titular depois da expulsão na vitória por 1 a 0 sobre o Veranópolis, pela Copa do Brasil, no Mineirão, e também pelo baixo rendimento na derrota por 3 a 1 para o Ipatinga, no Vale do Aço. Nessa partida, Jonathan entrou no segundo tempo, foi mantido no empate por 0 a 0 com a Portuguesa, no Canindé, e seguiu como titular até domingo, na vitória por 3 a 2 sobre o Democrata-GV, no Mineirão. Ficou feliz pelas oportunidades, jogando fora de sua posição: “É mais uma opção para mim, em caso de alguma contusão do titular ou qualquer outro motivo. Fui bem. No último jogo, porém, poderia ter ido melhor e, infelizmente, estou saindo da equipe, mas tranqüilo, porque sei que estou trabalhando bem”.
Enquanto Fábio Santos vive a alegria da volta, Jonathan terá de trabalhar para recuperar o lugar. No coletivo de ontem, treinou como reserva da lateral direita, posição de origem. “Todo jogador que sai fica um pouco chateado. A gente se pergunta onde errou, o que ficou faltando. Apesar de ser na lateral esquerda, eu queria continuar, mas conversei com o treinador e vou lutar pela posição na direita”.
Ao assegurar que está mais preparado e entrosado com os companheiros, Fábio Santos espera ter ao seu lado um importante aliado: “O torcedor vai sentir o quanto vou me esforçar e vai me incentivar. Estou confiante, porque é uma excelente chance para crescermos mais, agora que está se aproximando a fase mais importante da competição”.
O torcedor verá também a dupla de zaga formada por Gladstone e Luisão, pois André Luís cumpre a suspensão pelo terceiro cartão amarelo e Gladstone retorna, depois de cumprir dois jogos de punição pela expulsão contra o América. A opção no banco será Thiago Heleno.
No meio-campo, estão confirmados Renan, Ricardinho, Marcinho e Geovanni. O plano de Autuori de aproveitar Leandro Domingues, de saída, poderá ficar para o jogo final da primeira fase, no outro domingo, contra a Caldense. Pelos treinamentos, Leo Silva terá uma nova chance. Na frente, o Cruzeiro vai com Araújo, artilheiro do Estadual, com nove gols, e Nenê, que no treino de quarta-feira, sentiu uma torção no tornozelo direito, mas ontem participou das atividades e está escalado.
Hoje poderá ser definido o futuro do armador Fernando, que, ano passado, jogou com Autuori, no Kashima Antles, do Japão. Ele sofreu uma contusão no joelho esquerdo (lesão na cartilagem) e foi obrigado a fazer uma cirurgia. Voltou para o Vitória, da Bahia, onde foi revelado, e durante três meses, ficou em tratamento. Depois de dois dias na Toca, apenas fazendo exames, hoje ficará sabendo se está apto para voltar ao futebol e assinar contrato com o clube celeste.
LIBERAÇÃO
O armador Davi Freitas e o lateral-esquerdo Hugo Henrique (Cariri) foram liberados para o Formiga, na disputa do Módulo II do Campeonato Mineiro. Antes foram cedidos o lateral-direito Ernani Mauro e o volante Everton. Davi, de 21 anos, está no Cruzeiro desde 2000. Já tem vários títulos, como em torneios na Holanda, em 2003, e da Copa BH, em 2004. Acumula oito convocações para a Seleção Brasileira Sub-17. Cariri, de 18 anos, esteve no grupo do Formiga que foi vice-campeão , ano passado, da Segunda Divisão. Podem estrear no domingo, contra o Valério.

DEFESA MENOS VASADA

Com apenas quatro gols sofridos nos últimos nove jogos, a defesa do Atlético começa a ganhar a segurança desejada pelos alvinegros. A confiança começa com o goleiro Diego, que não foi vazado nos últimos quatro jogos pelo Campeonato Mineiro e espera chegar ao quinto, contra o Ipatinga, domingo, no Independência. Segundo ele, o bom desempenho defensivo é fruto do trabalho de todo o time, que tem se empenhado em treinos e jogos. “Quando se fala em boa defesa, todos pensam só no pessoal ali de trás, mas não são só os defensores que contribuem. Tem também os volantes, os armadores e até os atacantes, que, se dão combate na frente, dificultam a saída de bola dos adversários”, disse Diego. Para o goleiro, o importante é que o Galo consiga vencer seus compromissos. “Claro que uma hora ou outra, vamos sofrer gol, mas sabendo que o trabalho está sendo bem feito, a confiança cresce para que busquemos novos resultados positivos.” Mesmo que mostre muita modéstia, o goleiro é constantemente elogiado pelos companheiros. Segundo ele, isso é importante para todo o time. “Também confio bastante neles e é por isso que nosso time está conseguindo bons resultados. Todos procuram se ajudar e dar o melhor em campo.” No jogo de domingo, Diego voltará ao estádio no qual estreou como titular do Atlético. Em 24 de março de 2005, ele ajudou o time alvinegro a bater a URT por 4 a 1 e se classificar às semifinais do Mineiro daquele ano. “Espero que agora volte a ter a mesma sorte e que nosso time não só vença, mas também se classifique”, afirmou. Apesar de feliz em voltar ao Independência, ele considera que jogar no Mineirão seria melhor, pois a torcida alvinegra seria maior, dando forte apoio ao time. De qualquer forma, sua expectativa é que os torcedores que forem à partida também contribuam “transformando o estádio em um caldeirão”. Ontem, os jogadores passaram o dia na Cidade do Galo preparando-se para a partida de domingo. Pela manhã, houve atividade física e, à tarde, treino técnico e tático. Levir, mais uma vez, insistiu em cruzamentos para a área, treinando principalmente as jogadas ofensivas. Hoje, o treino será no Independência. A preparação será encerrada amanhã, com mais uma atividade no CT alvinegro.

DILEMA DOS AMARELADOS

Com seis jogadores pendurados com dois cartões amarelos, o Atlético vive um dilema na 10ª e penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro. Afinal, tem chance de se classificar para as semifinais no jogo contra o Ipatinga, domingo, às 16h, no Independência, e poderia forçar a terceira advertência desses atletas, que cumpririam suspensão contra o Democrata-GV, na última rodada, em Governador Valadares.
Assim, jogadores importantes, como o armador Marcinho, o atacante Vanderlei, o volante Rafael Miranda e o zagueiro Marcos – também estão nessa situação os reservas Vinícius e Serginho – poderiam entrar na briga pela vaga na final sem risco de suspensão.
Por outro lado, utilizando-se desse expediente, ficaria sem jogadores em uma partida em que pode garantir a primeira colocação. Tal posição garante vantagem de jogar por dois empates ou uma vitória e uma derrota pelo mesmo placar, tanto na semifinal quanto na final.
Para garantir a vaga domingo, o Galo precisa vencer o Ipatinga e contar com empates de Democrata-GV ou Tupi diante de Guarani e Caldense, respectivamente, no mesmo dia. Já para ser primeiro colocado, precisa vencer e ainda contar com tropeço do Cruzeiro, que tem dois pontos a mais.
Segundo o técnico Levir Culpi, a situação está sendo analisada. Porém, ele exige que o time cumpra seu papel domingo. “Será importante, independentemente de estar pendurado ou não, jogar com tudo diante do Ipatinga, se concentrar na partida e não nos jogos que ainda virão”, diz o treinador alvinegro.
Dois atleticanos já cumpriram suspensão no Mineiro por ter recebido três cartões amarelos. O volante Bilu não pôde enfrentar o Guarani, em Divinópolis, pela sexta rodada do Estadual, em 3 de março. Já o zagueiro Lima ficou de fora do confronto com o Ituiutaba, sábado, no Triângulo Mineiro, e tem volta garantida contra a equipe do Vale do Aço.
O Galo tem três jogadores com um cartão amarelo, mas apenas um titular: o lateral-direito Coelho. Os outros são o volante Germano, o lateral-esquerdo Ricardinho e o armador Tchô.
JOGO ESPECIAL
Domingo, Marcinho ainda não sabe se vai forçar o terceiro cartão amarelo. Mas, no jogo com o Ituiutaba, ele tentou evitá-lo a todo custo, pois queria muito completar seu 50º jogo com a camisa alvinegra diante da torcida, o que ocorrerá no Independência. “Evitei as disputas mais fortes, para chegar a essa marca importante. Sou muito grato ao Atlético, um grande clube, que me permitiu ser novamente destaque no cenário brasileiro, me deu o respeito e a confiança que eu precisava para jogar bem”, afirmou o jogador.
Jogar bem foi fundamental para que o jogador superasse a resistência inicial dos atleticanos, desconfiados pelo fato de ele ter começado a carreira no Cruzeiro. A vitória sobre o time celeste é considerada como um dos melhores momentos do jogador no Galo, depois da conquista do título da Série B do Campeonato Brasileiro. “Tenho muitos amigos lá, mas foi muito bom vencer aquele jogo”, disse, referindo-se à vitória por 3 a 1, em 10 de fevereiro deste ano, pelo Estadual.

ALÉTICO:UMA ÚNICA MUDANÇA


Sai Vinícius, entra Lima, livre de suspensão. A esperada alteração na zaga da equipe deve ser a única do Atlético para o jogo de domingo contra o Ipatinga, às 16 horas, no Independência, pela penúltima rodada da fase de classificação do Campeonato Mineiro. Pelo menos foi o que mostrou o técnico Levir Culpi durante um mini-coletivo orientado na tarde desta quinta-feira na Cidade do Galo, em Vespasiano.
Levir iniciou os trabalhos com um treino tático, primeiro voltado para a defesa, depois para o ataque. Em seguida, o treinador comandou um mini-coletivo, em meio campo. Durante o trabalho, o comandante alvinegro exigiu muito dos jogadores em cobranças de falta e escanteios.
Os titulares foram: Diego; Coelho, Marcos, Lima e Thiago Feltri; Rafael Miranda, Bilu, Marcinho e Danilinho; Vanderlei e Éder Luís. Já os reservas treinaram com: Édson; Luisinho Netto, Vinícius, Leandro Castan e Ricardinho; Cláudio, Germano, Serginho e Tchô; Lúcio e Galvão.
A expectativa quanto à entrada do volante Germano no lugar de Bilu não se concretizou. “O Germano tem sido importante. Veio para jogar quando for chamado. Mas o aproveitamento tem sido muito bom. O time está bem escalado, quem entra tem jogado bem. Pena que só onze possam jogar”, já havia dito Levir Culpi na quarta-feira.
Germano, contratado no começo do ano do Villa Nova, vai manter a entrega ao trabalho à espera de sua chance como titular: “Meu pensamento é o mesmo desde quando cheguei aqui, que é buscar o meu espaço. Eu respeito os jogadores que estão jogando, mas vou continuar trabalhando para estar bem e corresponder na hora que aparecer uma oportunidade”.
Nesta sexta-feira, o Galo vai realizar um treinamento no Estádio Independência, às 16h, para fazer o reconhecimento do campo. O último jogo do time no local foi dia 11 de setembro de 2005 contra o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. Os cariocas venceram por 2 a 0.

quinta-feira, março 29, 2007

TELEMIG MINAS VENCE E DECIDE EM CASA

O Telemig Celular Minas abriu com vitória a série contra a Ulbra Uptime-RS, por 3 a 0 (26/24, 25/23 e 25/18), ontem à noite, mesmo jogando em Canoas (RS), e agora tem a chance de fechar a série em casa, já que os dois próximos confrontos serão na Arena JK, em Belo Horizonte, sábado, às 13h, e terça-feira, às 19h30. Os placares dos sets mostram o equilíbrio do jogo, principalmente nos dois primeiros, quando a diferença foi de apenas dois pontos.
Nos treinos, antes de viajar ao Rio Grande do Sul, o técnico Mauro Grasso deu ênfase à recepção, preocupado com o saque do adversário, cuja recepção vinha sendo complicada para o Minas. Se enfrentava problema com esse fundamento, tinha também dificuldades em colocar a bola no chão, já que a recepção e a defesa do time gaúcho estão entre as melhores da competição.
Mas com paciência, que sempre foi o pedido de Grasso, o Minas manteve o placar sempre igual e conseguiu fechar os dois primeiros sets, graças à garra de seus jogadores, que não mediram esforços para defender e buscar bolas. Para o jogo de sábado, Grasso espera mais dificuldades, lembrando que a Ulbra agora sofre pressão psicológica maior, por ter a obrigação de vencer pelo menos uma partida, para tentar manter o sonho de passar à final.
Oportunidade
Para o Minas, aumenta a chance de chegar à final e se redimir da perda dos títulos das duas últimas temporadas, ambas em casa, diante do Banespa-SP, que era comandado por Grasso, em 2005 – o jogo marcou a despedida de Nalbert das quadras – e, ano passado, para a Cimed-SC. Nas duas finais, o time mineiro perdeu a série decisiva por 3 a 2, no Mineirinho.
Na outra série, a Cimed-SC, contando com o apoio da torcida, saiu em vantagem contra a Unisul Nexxera-SC, vencendo por 3 a 0 (25/21, 25/21 e 25/19), no Ginásio Capoeirão, em Florianópolis. O segundo jogo será no Ginásio Forquilhão, em São José, sábado.

MENOS INGRESSOS NO HORTO

No primeiro dia de venda antecipada, foram vendidos 1.263 ingressos para o jogo do Atlético contra o Ipatinga, domingo, no Independência, pelo Campeonato Mineiro. A carga inicial de 11.500 bilhetes foi reduzida para 10.350, devido a uma tutela antecipada concedida ao Ministério Público, que conseguiu também proibir a venda de ingressos nas bilheterias do estádio no dia do jogo, além de vetar a comercialização de bebidas alcoólicas no local. O Atlético recorreu e aguarda o julgamento.
Confira os detalhes:
Preços
Arquibancada - R$ 20
Cadeira - R$ 50
Venda antecipada
Quarta, quinta, sexta-feira e sábado: das 9h às 17h, na sede do Atlético, em Lourdes, Vila Olímpica, Labareda e Independência (Rua Pitangui).
Domingo: das 9h às 12h, na sede do Atlético, em Lourdes, Vila Olímpica e Labareda.

LIMA CONFIRMADO

Mesmo que não costume divulgar com antecedência a escalação da equipe, o técnico Levir Culpi adiantou ontem que mudará o Atlético para enfrentar o Ipatinga, domingo, no Independência. O zagueiro Lima, que cumpriu suspensão diante do Ituiutaba, retorna, com Vinícius ficando novamente no banco.
O treinador se diz satisfeito com as opções para escalar a equipe e para fazer alterações durante os jogos. “Ainda há muito tempo, mas estamos tranqüilos para montar o time. O certo é que o Lima volta”, afirma Levir, que não comandou treino terça-feira, por ter ido a Curitiba receber, com seus familiares, a cidadania italiana.
Satisfeito com a confiança do técnico, o zagueiro alvinegro se mostra bastante otimista para domingo. “Ainda mais por se tratar de um jogo decisivo, só posso pensar em entrar com o máximo de empenho. Espero voltar da melhor forma possível, ajudando o Atlético a sair com a vitória.”
NO HORTO
Como o Galo não atua no Independência desde 11 de setembro de 2005, quando perdeu por 2 a 0 para o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, Levir decidiu que o treino de amanhã será no local. “É mais para adaptação dos jogadores, pois o campo lá é bom, um dos maiores do Brasil, com 110m de comprimento por 75m de largura.” Para ele, não há grandes problemas em não jogar no Mineirão, a não ser a segurança. "Vamos ter de tomar algumas precauções e os torcedores precisam ter consciência, comportamento mais tranqüilo, para não prejudicar o próprio Atlético.”
Levir aproveitou para conclamar a torcida a se aproximar ainda mais do time, que terá jogo decisivo não só domingo, pelo Mineiro, mas também quarta-feira, contra o América-RJ, pela Copa do Brasil. “Há praticamente um ano, a torcida está fazendo uma festa bonita, e tem de continuar.” Ontem, primeiro dia de venda antecipada para o jogo contra o Ipatinga, foram negociados 1.263 ingressos.

LEVIR CULPI REBATE CRÍTICAS

Em uma semana cheia de polêmicas no Atlético, uma delas foi criada pelo técnico Levir Culpi, que considerou a tabela do Campeonato Mineiro favorável ao Cruzeiro, que faz um jogo a mais que o Galo em Belo Horizonte. Segundo o treinador, o Estadual foi feito para o time da Toca ser campeão. Para Levir, incompetência da diretoria. As respostas e críticas vieram de todos os lados. Nesta quarta, o treinador se defendeu e voltou a criar polêmica ao chamar algumas pessoas de “aproveitadores, covardes e cafajestes” “Na verdade, para mim esse assunto tinha passado. Cada um faz suas colocações. Dá a impressão que o técnico não tem direito de críticas. O técnico tem de exigir condições de trabalho. Se não tiver boas condições, eu vou falar. Isso é desde quando cheguei em 94 no Atlético. Essa é minha maneira de ser. É uma opinião profissional. Não tenho interesse nenhum financeiro ou político. Meu interesse é em melhorar as condições de trabalho dos clubes por onde passo”, disse. Para Levir, quem o criticou por dar sua opinião é acomodado politicamente: “Se algumas pessoas são acomodadas ou se acomodam politicamente, problema delas. Todo mundo se manifestou, a Federação, o pessoal do Arbitral, alguns aproveitadores, covardes, cafajestes. Essa é a democracia. Às vezes, a gente fala o quer e ouve o que não quer”, disse. Questionado sobre quem seria aproveitador, covarde e cafajeste, Levir Culpi não mostrou a mesma determinação e deixou no ar: “Estão por aí criticando”. Por fim, o técnico, que está em sua terceira passagem pelo Atlético e já comandou o rival Cruzeiro em três oportunidades, disse que sua credibilidade em Minas é conseqüência apenas de seu trabalho em campo: “Estou em Minas Gerais, há cinco ou seis anos. São mais de 500 jogos. De que forma? Conseguindo resultados. Porque politicamente, eu não estaria aqui. Talvez, se tivesse sido mais político, teria ido mais longe”.

ATAQUE TEM FEITO A DIFERENÇA

O Cruzeiro vive hoje duas realidades: a eficiência do ataque, que marcou 25 gols nos nove jogos do Campeonato Mineiro, sendo o melhor da competição, e uma defesa que é uma dor de cabeça para o técnico Paulo Autuori (levou 15 gols e está entre as piores).
Para que haja um equilíbrio dos dois setores, haverá mudanças contra o Democrata-SL, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, sábado, às 15h30, pela 10ª e penúltima rodada da primeira fase. Gladstone e Luisão estão confirmados na zaga, saindo Thiago Heleno e André Luís, este por suspensão. No ataque, Leandro Domingues poderá ter a primeira oportunidade começando uma partida.
Leandro atuou três vezes, entrando apenas no final. Está totalmente recuperado dos problemas de contusões e Autuori acha justo que tenha seu momento para jogar os 90 minutos e mostrar efetivamente seu futebol. Marcou um dos gols da goleada por 4 a 0 sobre o Guarani: “Tenho treinado muito, mas ainda não sei se vou atuar contra o Democrata”, diz o armador, que atua como um terceiro atacante.
Não está decidido quem sai para que Leandro possa jogar. A tendência é que seja Geovanni, mas o técnico também pode dar um descanso para Marcinho, que atuou todos os 12 jogos de 2007. Autuori ainda não decidiu pela escalação: “O aproveitamento de Leandro pode ser na última partida, contra a Caldense, no Mineirão”. Será mais uma experiência, privilégio de quem lidera o Estadual, com 19 pontos.
No Vitória, Leandro Domingues foi goleador e espera ser feliz também no Cruzeiro. No treinamento de ontem, mostrou competência ao lado de André Luís, Anderson, Rômulo, Araújo, Luis Fernando (dos juniores) e outros que estavam se destacando na pontaria. Também nessa atividade, Araújo mostrou por que é a estrela do Cruzeiro em 2007, com nove gols no Estadual. Seu aproveitamento foi excelente.
Competência
Dos nove gols, Araújo marcou quatro de cabeceio e cinco de finalizações. Quanto aos dribles, que estão fazendo com que seu futebol fique ainda mais vistoso, ele explica que são lições ainda do tempo em que jogava futsal, em Pernambuco: “Como o espaço da quadra é pequeno, você aprende a driblar rápido para sair do adversário”.
Depois dele, aparecem Nenê, Gabriel e Marcinho, com três gols; Gladstone e Rômulo, com dois. O destaque também é para o volante Ricardinho, autor do único gol do Cruzeiro na Copa do Brasil, na vitória por 1 a 0 sobre o Veranópolis, no Mineirão, resultado que garantiu a classificação para a segunda fase, contra a Portuguesa. No jogo de ida, no Canindé, houve empate por 0 a 0. O de volta será na outra quinta-feira, às 21h45, no Mineirão. Com o gol de Ricardinho, o time soma 26 em 12 jogos na temporada. Na Copa do Brasil, não levou gols.
O resultado do bom aproveitamento do ataque, para Autuori, é a proposta de jogar em função do gol, explorando as características de cada um: “Estamos ainda nos ajustes, longe do ideal, começando um trabalho. As falhas, principalmente da defesa, estão sendo avaliadas e com os treinamentos buscaremos a evolução”.
Como está ameaçado de perder o zagueiro André Luís por 120 dias – joga graças a efeito suspensivo – agravado com a instabilidade da defesa, o Cruzeiro busca reforços para o setor. Depois do Campeonato Carioca, vai chegar o zagueiro Leo Fortunato, de 24 anos, do Madureira.

PAULO AUTUORI FAZ ALERTA


Se depender do retrospecto, o Cruzeiro pode se considerar vencedor, sábado, em Sete Lagoas, mas os jogadores sabem que terão pela frente um osso duro de roer, pela motivação do adversário. Autuori já deu o recado: “Motivação não ganha jogo. Passado, pior ainda. Aquele que melhor souber aproveitar suas qualidades e o trabalho feito, naturalmente terá maiores chances de vitória”. Em 80 confrontos, o Cruzeiro venceu 46, empatou 23 e perdeu 11.
Há um tabu celeste de 20 anos sem derrotas para o Democrata. A última foi por 1 a 0, em 7 de junho de 1987, em Sete Lagoas, ainda no velho Estádio Duarte de Paiva. O Democrata ficou 10 anos ausente da Primeira Divisão do futebol mineiro. No interior, o time azul foi feliz apenas na vitória por 2 a 1 sobre o Rio Branco, em Andradas, na estréia.
O capitão Ricardinho, exemplo de aplicação, a cada jogo mais querido pelo torcedor, pelo seu esforço, passou a receita para que o resultado seja o melhor: “É jogo para que possamos ir com determinação, bem concentrados, aproveitando os espaços, preparados também fisicamente, porque o calor será muito forte”.
Já Jonathan tem de agarrar mais esta oportunidade, porque Autuori destacou a evolução de Fábio Santos, dizendo que o ex-titular, pelo bom rendimento nos treinamentos e a motivação, mais cedo ou mais tarde, acabará voltando. Na conversa com os jornalistas ontem, Jonathan disse que está ambientando na posição e espera ser muito feliz em Sete Lagoas: “Vou procurar, mais uma vez, fazer o que tem pedido o técnico. Jogo na direita, mas se puder, mesmo não sendo especialista pela esquerda, quero seguir em frente. O importante é estar jogando e ajudando. Ninguém gosta de banco”.
REFORÇOS DO JACRÉ
Quatro jogadores que não participaram da vitória por 1 a 0 sobre a Caldense, em Poços de Caldas, reforçam o Democrata-SL contra o Cruzeiro: o volante Dudu, os armadores Potita e Jean Carlo e o atacante Paulinho. Potita não jogou por estar em recuperação de uma distensão. Os demais, porque estavam suspensos. O ambiente é o melhor possível, porque o grupo dá como certa a classificação para a Série C do Campeonato Brasileiro e o time tem chances de ficar com uma das quatro vagas para as semifinais do Estadual. Para tanto, espera vencer, sábado, e, na última rodada, o América. Os ingressos estão à venda. Hoje e amanhã custam R$10 e no dia do jogo, o torcedor terá de pagar o dobro.

AMÉRICA NA SEGUNDA DIVISÃO


O América teve a quarta-feira mais triste de sua história, quase centenária. Em 95 anos de existência, o Coelho nunca decepcionou tanto a pequena, mas fiel torcida. Com a derrota para o Rio Branco, por 2 a 0, no Estádio Parque do Azulão, em Andradas, o time alviverde está matematicamente rebaixado ao Módulo II do Campeonato Mineiro. Os gols foram de Valdinei e Régis Pitbull. O resultado tirou qualquer esperança do América em escapar da degola. O time continua em vexatório último lugar, com apenas quatro pontos, e não tem condição de sair da zona de rebaixamento. O próximo compromisso, diante do Democrata-SL, na rodada de encerramento da primeira fase, não terá nenhuma validade para o clube, que se despedirá do campeonato como lanterna. Precisando da vitória, além de torcer por outros resultados, o América até que mostrou voluntariedade, como pedira o técnico Procópio Cardoso. Só que o Rio Branco saiu na frente aos 17min, com Valdinei, aproveitando cruzamento de Régis Pittbul. Ele tocou na saída do goleiro Juninho. O gol foi uma ducha de água fria para o Coelho. No segundo tempo o América procurou mais o jogo, atacou em busca da reação, mas não conseguiu concluir com perfeição. E quando conseguiu, foi a vez de o goleiro Neneca, em noite inspirada, aparecer muito bem. No fim, aos 43min, Régis Pitbull, em jogada individual, fez o segundo e matou o Coelho. O time alviverde ainda teve dois homens expulsos: o goleiro Juninho e o volante Aldo.

GRUPO ASSUME O ERRO

O sentimento mais cruel é o da derrota, quando se sabe que era possível fazer diferente. O zagueiro Fabrício Soares, um dos mais experientes do time do América, foi frio, duro e crítico ao analisar a queda do Coelho: “Dói muito. O momento é para ver o que está errado e reerguer o América, que não merece isso. Não queria entrar para a história do clube dessa forma. Mas faz parte do futebol, não conseguimos mudar a situação”. O rebaixamento também é visto por ele como um aprendizado: “O América voltará mais forte dessa experiência. Tem de mudar tudo. É importante fazer um trabalho a longo prazo”.
Cabisbaixo, atordoado com o desfecho da história, Fabrício também pede desculpas aos torcedores e agradece o apoio daqueles que jamais abandonaram o time: “A tristeza é imensa. Corre sangue na veia, temos família, lutamos no dia a dia e, agora, temos de levantar a cabeça para seguir em frente”. O zagueiro fez questão de ressaltar: “Tentamos fazer o melhor”.
O presidente Antônio Baltazar foi sincero no mea-culpa: “O sentimento é de perda. De dor. O time que montamos não teve o que queríamos. Não foi uma equipe identificada com a história e a tradição do América”. Sem medir palavras, o dirigente reconheceu os erros: “A restruturação que implantamos não deu certo. Assumimos que cometemos grandes erros. Há também a grande dificuldade financeira que, assumo, não é justificativa pelo que aconteceu”.
Consciente, Baltazar disse que agora é preciso encontrar outros rumos: “Não deu certo. Então, vamos buscar um novo caminho. Temos de trabalhar em um projeto extracampo e fazer uma reflexão. São necessárias mudanças mais fortes no futebol”.
ESPERANÇA
O dirigente, mesmo com o rebaixamento irreversível, ainda mantém uma chama de esperança. Ele quer esperar o último jogo no Independência, em 8 de abril, contra o Democrata-SL, e uma decisão do TJD sobre um erro de inversão de mando de campo no clássico com o Cruzeiro, no Mineirão, quando o Coelho era o mandante: “O Tribunal vai decidir essa questão e, na minha visão, temos seis pontos a disputar”.

A MAIS TRISTE PÁSCOA DO COELHO

Na mais recente crônica de uma morte anunciada, o América chora o rebaixamento para a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro com uma rodada de antecedência. A tragédia foi confirmada ontem à noite, com a derrota, por 2 a 0, para o Rio Branco, no Parque do Azulão, em Andradas, com gols de Valdiney e Régis Pitbull. No último capítulo, tristeza, lágrimas e choro incontido marcaram a queda do Coelho para o Módulo II. Desrespeito aos quase 95 anos de história de títulos e glórias, que o clube completa em 30 de abril. Já o time de Andradas subiu para o quarto lugar e mantém o sonho da classificação às semifinais do Estadual.
A tradição foi manchada pela incompetência dos dirigentes. Não há argumentos que aliviem a administração desastrosa, que levou o América ao fundo do poço. Um time bisonho, descaracterizado e sem identificação com o clube. Em 10 jogos, a equipe conseguiu a ‘proeza’ de perder oito, empatar um e vencer apenas um. Tem a pior defesa do Estadual, com 18 gols sofridos, e terminará sua participação na lanterna da competição.
O americano fiel, que aprendeu a amar o clube, tem, agora, o coração partido e os sentimentos de revolta, incredulidade e dor arraigados na alma. A decepção é ainda maior por ter acompanhado um passo errado seguido de outro, tamanhas as trapalhadas de administrações passadas, que se acumularam e culminaram com a queda, ontem. Demora absurda em contratar treinador no início da temporada –Procópio Cardoso, chamado para tirar o Coelho do CTI, foi o terceiro da temporada. Problemas de indisciplina, jogadores afastados, falta de comando. Um barco à deriva e o resultado previsto.
No Parque do Azulão, a 498km de BH e longe de sua torcida, ontem foi dia de mais uma jornada que resumiria o fim inevitável: incompetência evidente e futebol sofrível. Um gol sofrido no primeiro tempo, em falha grotesca de Caçapa e bola tocando em Aldo e vencendo o goleiro Juninho, aos 17min. E outro no segundo, em jogada individual de Régis Pitbull.
Se, na etapa inicial, o América mostrou toda a falta de recursos, na final, o empenho foi até superior. Mas, quando não se tem qualidade, o esforço e a vontade não salvam a pátria.
Com um erro atrás do outro, decisões equivocadas, ainda que pensadas por pessoas sérias e bem-intencionadas, o Coelho confirmou o vexame anunciado. Com problemas estruturais e financeiro, o América terá de repensar não somente o futebol, mas toda a organização e gestão do clube.
ORGULHO
O técnico Procópio Cardoso, que aceitou o desafio de tentar salvar um doente quase terminal, desabafou depois da partida e foi sábio ao apontar o caminho que o América precisa seguir, se quiser dar a volta por cima e, novamente, mostrar força digna de sua história: “Reflexão longa, honesta e com calma. Conheço esse clube há um bom tempo e é preciso acabar com o ciúme e as picuinhas que existem internamente. A instituição não pode sofrer por isso. O América precisa estar nas mãos dos americanos de verdade e não de pseudo-americanos”.
O América vive o pior momento desde sua fundação. Sem vaga garantida na Série C do Campeonato Brasileiro e na Segunda Divisão do Mineiro, nunca o futebol do clube esteve tão em baixa. A vergonha de cada americano, mesmo daqueles que exerceram com dignidade o papel de sua responsabilidade, é a mais dolorida. Mas que a decepção, das mais trágicas, sirva de aprendizado. É na queda que se reúnem forças para levantar. É das cinzas que se renasce. E é esse o caminho a ser trilhado por aqueles que aprenderam a ter orgulho de ter no corpo e no coração as cores verde, branco e preto.
ANÁLISE
Tudo já foi analisado sobre a tragédia que abala o América Futebol Clube. A dura realidade é que o Coelho, de tantas tradições, amarga o mais doloroso rebaixamento de sua história de quase 95 anos. Em 2008, disputará o Módulo II do Campeonato Mineiro, nome que alivia, mas não anula, a situação de time da Segunda Divisão estadual. Sem perspectivas para os próximos meses, o clube tem de deixar de lado o apego ao passado e se unir em séria reflexão: 1 - Qual o seu objetivo no futebol?; 2 - Em que momento perdeu a noção de perspectiva?; 3 - Como aproveitar melhor o trabalho das divisões de base, que já reveloaram vários grandes jogadores?; 4 - Como sair da inércia que o abateu nos últimos anos? Muito trabalho terá de ser feito rumo à recuperação. Já, sem hesitações. Qualquer conquista – e o retorno à Primeira Divisão é uma – começa cedo, no planejamento e na preparação.

quarta-feira, março 28, 2007

VENDA DE INGRESSOS PARA O JOGO CONTRA O IPATINGA


Começa nesta quarta-feira a venda antecipada de ingressos para as partidas contra o Ipatinga, neste domingo, no Independência, pelo Estadual, e contra o América-RJ, dia 4 de abril, no Mineirão, pela Copa do Brasil.
Os bilhetes de meia-entrada só podem ser adquiridos mediante apresentação de documento de identidade ou certidão de nascimento para crianças e maiores de 60 anos, e comprovante de matrícula ou pagamento de mensalidade para estudantes.
CONFIRA OS DETALHES:
Atlético x Ipatinga
PREÇOS
Arquibancada - R$ 20
Cadeira - R$ 50
Venda antecipada
Quarta, quinta, sexta-feira e sábado: das 9h às 17h, na sede do Atlético, em Lourdes, Vila Olímpica, Labareda e Independência (Rua Pitangui).
Domingo: das 9h às 12h, na sede do Atlético, em Lourdes, Vila Olímpica e Labareda. No Independência, a venda vai até o término do primeiro tempo.
ATLÉTICO X AMÉRICA RJ
Preços/ acesso
Cadeira Superior Central (Portão 7A) - R$ 15Cadeira Superior Lateral Cidade (portões 3 e 6) -
R$ 10Cadeira Superior Lateral Lagoa (portões 9 e 12) -
R$ 10Cadeira Especial (Portões 1 e 14) - R$ 25
Meia entrada em todos os setores
Torcida do América-RJ - Portão 2 - R$ 10
Venda antecipada
Quarta, quinta, sexta-feira e sábado: das 9h às 17h, na sede do Atlético, em Lourdes, Vila Olímpica, Labareda e Independência (Rua Pitangui).
Domingo das 9h às 12h, na sede do Atlético, em Lourdes, Vila Olímpica, Labareda e Independência (Rua Pitangui).
Segunda e terça-feira (2 e 3/4), das 9h às 17h, na sede do Atlético, em Lourdes, Vila Olímpica, Labareda, Independência (Rua Pitangui) e bilheteria 4 do Mineirão.
Quarta-feira (4/4), das 9h às 17h, na sede do Atlético, em Lourdes, Vila Olímpica, Labareda e Independência (Rua Pitangui). Nas bilheterias do Mineirão, a venda vai até o término do primeiro tempo.

AUSTRÍACOS QUEREM EDER LUIZ

O atacante Éder Luís promete não desviar a atenção no jogo contra o Ipatinga neste domingo, quando o jogador deverá ser observado pelo dirigente do Red Bull Salzburgo, da Áustria, Manfred Linzmaier. O “olheiro” do clube austríaco está no Brasil em busca de atacantes com o perfil do atleticano. “Eu tenho de ficar preocupado é com o jogo. Não posso desviar meu pensamento”, disse Éder Luís. Segundo o jogador, ainda não houve contato com nenhum representante do Red Bull Salzburgo: “Eu fiquei sabendo por vocês (imprensa) ontem (segunda-feira). Meu empresário também não está sabendo de nada. Tenho de ficar tranqüilo e trabalhar. Meu compromisso é com o Atlético”, disse. Procurado pela reportagem do Portal Uai, o empresário Márcio Bittencourt, que acompanha Manfred Linzmaier, confirmou que só haverá um contato com o Atlético se Éder Luís for aprovado pelo dirigente austríaco. O Red Bull Salzburgo é treinado pelo ex-jogador da seleção alemã Lothar Mathaüs. A possibilidade de jogar na Europa deixou Éder Luís animado: “Todo jogador sonha em ir para o futebol europeu, independente do país. Estou trabalhando para isso”. Como se considera muito jovem - tem 21 anos -, o atacante disse que só deixa o Galo por uma proposta muito boa: “Ainda estou novo para sair do Brasil, mas se for bom para o Atlético e para mim, vamos ver o que acontece. Meu pensamento está no Atlético. Quero fazer um bom Campeonato Mineiro, um boa Copa do Brasil e um bom Brasileiro. Aí sim, vamos pensar em outras coisas”, disse Éder Luís.

PAULO AUTUORI COM DÚVIDAS

O técnico Paulo Autuori pode aproveitar a posição confortável do Cruzeiro na tabela de classificação no Campeonato Mineiro - líder isolado - para fazer avaliações de jogadores que ainda não tiveram muitas oportunidades na temporada. O primeiro beneficiado deve ser o meia Leandro Domingues, de 23 anos. No jogo de sábado, contra o Democrata, em Sete Lagoas, ele pode ser escalado como titular pela primeira vez desde que foi contratado junto ao Vitória da Bahia.
Ao fechar os trabalhos desta terça-feira, na Toca da Raposa II, Autuori admitiu que o jogador vem merecendo um lugar no time e pode ser observado no próximo compromisso. “Tenho falado que pretendo observar alguns jogadores jogando desde o início, como o Leandro Domingues, vamos ver quando vai ser. Após a lesão (muscular), ele voltou e está bem fisicamente, está fazendo por merecer. Eu ainda não o vi desde o início de um jogo, é até uma questão de justiça, mas não sei se vai ser nesse jogo ou no próximo”.
Este ano, Leandro Domingues foi acionado por Paulo Autuori apenas nos jogos contra Rio Branco (2 a 1), Guarani (4 a 0) e Atlético (1 a 3), sempre no lugar de Fellype Gabriel. Na seqüência,
o baiano torceu o tornozelo direito, problema que o impediu de ser titular contra o Ituiutaba, e sofreu uma contratura muscular na coxa direita no início deste mês.
Sem atuar desde 10 de fevereiro, no clássico com o Atlético, Domingues não vê a hora de estrear como titular. “Estou trabalhando o tempo todo esperando essa oportunidade. Se aparecer nesse próximo jogo eu vou ficar muito feliz e vou procurar ajudar o Cruzeiro a sair com a vitória”, disse o meia.
Até o momento, ele garante que Autuori não o avisou sobre a oportunidade no sábado. “Ele não me adiantou nada. Estou treinando normalmente, fazendo meu trabalho e espero que, se tiver a oportunidade, aproveitar ao máximo”.
Caso a estréia de Leandro se confirme, o técnico Paulo Autuori terá que definir quem sairá no meio-campo: Marcinho ou Geovanni ficaria no banco.

QUESTÃO DE ESTILO

Contratados no início do ano como esperança de gols para Atlético e Cruzeiro, Vanderlei e Rômulo vão descrevendo trajetórias opostas. Enquanto o jogador atleticano começou como reserva, mas conquistou a vaga de titular com os cinco gols marcados na temporada, o estrelado ganhou a camisa 9, foi logo marcando dois na estréia contra o Rio Branco (2 a 1), mas parou por aí, e acabou no banco.
Desempenhos tão diferentes poderiam ser difíceis de explicar, principalmente se levarmos em conta que os dois têm características parecidas: são altos (Vanderlei mede 1,89m e Rômulo, 1,88m); têm facilidade no jogo aéreo, seja para tentar a conclusão ou preparar jogadas de cabeça; fazem bem o trabalho de pivô; e chegaram com fama de artilheiros. Para completar, suas equipes estão nas primeiras colocações no Campeonato Mineiro e precisando de empate sem gols, caso do Galo, ou de vitória, quando o assunto é a Raposa, para chegar às oitavas-de-final da Copa do Brasil.
Para Vanderlei, o bom momento se deve justamente à seqüência de jogos. Foi titular nas últimas três partidas, marcando dois gols. “Havia dito que precisava jogar para ganhar ritmo. Estou procurando retribuir a confiança do treinador com gols, que é o que sei fazer”, declarou o atacante, que chegou à Cidade do Galo credenciado por ter sido artilheiro da Série B do Brasileiro de 2006, com 21 gols marcados pelo Gama, apenas 11º colocado na competição. Ele acredita que, com quatro jogos seguidos como titular, já estará no ritmo ideal para marcar ainda mais gols.
Já Rômulo, que se destacou no Ituano e disputou a Série A do Brasileiro do ano passado pelo Grêmio, marcando 11 gols, começou com segurança e recebendo muitos elogios no Cruzeiro. No primeiro jogo celeste em 2007, a equipe explorou o jogo aéreo e ele correspondeu. A partir do empate por 2 a 2, contra o Villa Nova, o técnico Paulo Autuori destacou que o forte da equipe é o toque de bola, pelas características dos jogadores, e que não mudaria a fórmula. Rômulo foi sumindo. Perdeu a vaga para Nenê e tenta, nos treinamentos, marcar presença, mas, pela opção tática, dificilmente vai conseguir. Ele, porém, não abre mão de seu estilo, muito menos de lutar para ser goleador: “Vou continuar tentando o que sei e me aprimorando. A chance voltará”.
Dois lados
Guilherme, com um estilo bem parecido ao de ambos, com alguma técnica, foi ídolo no Atlético e fiasco na Toca. No Galo, viveu os melhores momentos no futebol. Foram 205 jogos e 139 gols. Foi artilheiro do Brasileiro de 1999, com 28 gols, e artilheiro do Mineiro, em 2001, com 10 gols, e em 2003, com 13. Jogou no Galo de 1999 a 2001 e depois voltou na temporada de 2003. Foi tão bem que fez parte da Seleção Brasileira, com Luiz Felipe Scolari, em alguns jogos das Eliminatórias para o Mundial de 2002.
No Cruzeiro, teve um início fulminante: oito gols em oito jogos pelo Mineiro, mas uma torção no tornozelo – contra o América, na vitória por 2 a 1 – selou seu destino na Toca. Marcou um gol na Copa Libertadores, na vitória por 1 a 0 sobre o Santos Laguna, no Mineirão, e depois foi superado por Fred, que chegou do América em agosto de 2004 e tomou conta do ataque. Praticamente, não teve mais chances e seu contrato não foi renovado. Disputou 40 jogos e marcou 14 gols. Tentou ressuscitar no Botafogo e não conseguiu. É fazendeiro em Marília-SP, sua cidade natal.

ZAGUEIRO DO MADUDEIRA PODE VIR PARA A TOCA


Os dirigentes fazem segredo, mas, nas próximas horas, o Cruzeiro anuncia a contratação do zagueiro Leo Fortunato, de 24 anos, do Madureira, um dos destaques do Campeonato Carioca. Os detalhes da negociação estão acertados. No Rio, já é dada como certa a transferência. Ele é profissional do clube desde o fim de 2005 e vem recebendo elogios de companheiros de equipe e até de adversários. Apesar da boa fase, o jogador, que foi sondado pelo Flamengo e pelo Internacional, sabe que não pode relaxar nos treinamentos se quiser continuar mantendo o padrão que vem apresentando. "Chegar a um bom nível é difícil, mas se manter é ainda mais complicado. Sei que preciso melhorar muito e por isso procuro me dedicar bastante a cada treino. O pessoal aqui tem me ajudado muito”, afirma. Para ele, será uma realização a transferência para a Toca, já que só atuou por times classificados como de segunda categoria no futebol brasileiro. Leo foi um dos melhores na vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, na última rodada do Campeonato Carioca, atuando ao lado do veterano Odvan. Leonardo Fortunato dos Santos nasceu em 14 de março de 1983, no Rio de Janeiro. Tem 82kg e 1,84m de altura. Começou na categoria de base do Madureira e esteve ainda no São Bento-MA, Olaria e Bangu. Tem dois títulos: Taça Rio de 2006 (Madureira) e Seletiva do Estadual RJ de 2006 (Bangu). Essa contratação pode ajudar Paulo Autuori a resolver um de seus maiores problemas. Afinal, a defesa do Cruzeiro só não é pior no Estadual do que a do América, que levou 16 gols. Em nove jogos, ela deixou passar 15. A preocupação do treinador é tanta que, no treinamento de ontem, ele ficou longo período preparando os zagueiros Gladstone e Luisão, enquanto os goleiros Fábio, Lauro, Flávio e Bruno recebiam atenção especial do preparador Flávio Tenius. O armador Élson começou a treinar sozinho ontem, na Toca I, para não perder a forma, já que seu contrato está vinculado ao Cruzeiro até 30 de junho, quando terá de se apresentar ao Stut-tgart, da Alemanha, dono de seus direitos. O jogador pensou em pedir perdão a Autuori, para ser reintegrado, mas recebeu a notícia de que a decisão é irreversível e desistiu. Só vai treinar.

AMÉRICA: 95 ANOS DE HISTÓRIA EM JOGO

A crise do América pode ter seu clímax hoje, quando o time entra em campo, às 19h30, para enfrentar o Rio Branco, em Andradas. Em caso de derrota ou empate, o Coelho estará rebaixado para o Módulo II do Campeonato Mineiro, pela primeira vez em quase 95 anos de história, que serão completados em 30 de abril. A vitória significa a sobrevida da equipe, que, matematicamente, continuará com chances de se manter na Primeira Divisão, porém sem depender somente de seus resultados.
A fria estatística machuca o torcedor americano, contudo, é apenas o reflexo dos caminhos errados dos dirigentes do clube, nos últimos anos. Desde o descenso para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2001, o time entrou em queda livre. A derrocada começou justamente depois de uma fase áurea, na qual o Coelho revelou muitos talentos e, com um grupo formado essencialmente por pratas da casa, chegou aos títulos da Copa Sul-Minas (2000) e do Mineiro (2001).
As escolhas equivocadas no departamento de futebol, associadas a um crescente rombo financeiro, levaram o América ao pior momento de sua história. Os primeiros efeitos foram sentidos em nível nacional: participações decepcionantes na Copa do Brasil e o retorno à Série C, em 2004, depois de 15 anos. Agora, afetam a equipe no Estadual. O fantasma do rebaixamento no Mineiro já dera o alerta em 2005. O Coelho se salvou, mas não aprendeu a lição.
Enquanto todas as opções matemáticas não se esgotarem, o time precisa lutar, destaca o técnico Procópio Cardoso, contratado para tentar um milagre, nas últimas quatro rodadas da competição. Nos dois primeiros jogos, a mudança de comando nada ajudou, com o time sendo derrotado por Atlético (2 a 0) e Villa Nova (2 a 1). A sorte, no entanto, contribuiu para evitar – ou, pelo menos, adiar – o pior e a combinação dos outros resultados deu um sopro de vida à equipe.
Além de fazer sua parte esta noite, o América terá de voltar suas atenções para as partidas de seus concorrentes diretos na luta contra a queda para o Módulo II: Caldense e Ituiutaba. Se ambos tropeçarem domingo, manterão as chances de o Coelho se manter na elite. A Veterana enfrenta o Tupi, em Poços de Caldas, e o time do Pontal do Triângulo joga contra o Villa Nova, em casa. Mesmo se ganhar hoje, o América pode cair, matematicamente, domingo, caso a Caldense vença o Tupi.
Se tudo der certo para o Coelho, a missão será retomada na última rodada da fase de classificação, quando o time receberá o Democrata-SL, no Independência. Mais uma vez, precisará vencer e, então, torcer por vitórias do Ipatinga sobre o Ituiutaba, no Ipatingão; e do Cruzeiro sobre a Caldense, no Mineirão.
TIMES
Na partida desta noite, o América não terá o atacante Euller, que ainda reclama de cólicas renais; o lateral-direito Luiz Felipe, liberado por causa de problemas pessoais; e o atacante Daniel Morais, que pediu dispensa à diretoria, depois de um assalto ao prédio em que mora. O volante Aldo será improvisado na lateral, enquanto Márcio Diogo e André formarão o ataque.
Indiferente aos problemas do adversário, o Rio Branco entrará disposto a vencer, para se reaproximar dos quatro que se classificam às semifinais. O técnico Alemão não contará com o zagueiro Fábio Paulista (que defendeu o América ano passado), suspenso. O armador Wendel, que sofreu pancada no joelho direito, e o lateral-direito Pepe, com uma contratura na coxa direita, podem dar lugar a Chico Marcelo e Henrique, respectivamente.

terça-feira, março 27, 2007

LEVIR CONTA COM TODOS

Para a partida de domingo que vem, contra o Ipatinga, no Independência, em que estará em jogo a classificação do Atlético às semifinais do Campeonato Mineiro, o técnico Levir Culpi poderá contar com todo o elenco, com exceção do atacante Marinho, que segue em recuperação de uma grave lesão muscular. Nenhum jogador foi suspenso na rodada passada, quando o Galo derrotou o Ituiutaba por 2 a 0, no Pontal do Triângulo. Quem deve voltar à equipe é o zagueiro Lima, que cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Contra o Ituiutaba, ele foi substituído por Vinícius. Os treinos serão retomados nesta terça-feira à tarde, quando Levir começa a definir a equipe: “Vai ser uma semana importante porque matematicamente a gente pode até conseguir, dependendo da situação, a nossa classificação contra o Ipatinga”, disse o treinador.

SEMANA DECISIVA

A duas rodadas do fim da primeira fase, a briga por vagas nas semifinais do Campeonato Mineiro e para escapar do rebaixamento ao Módulo II está acirrada. Algumas posições deverão ser definidas na penúltima rodada, a partir de começa amanhã, com Rio Branco x América, em Andradas, às 19h30. Mas pelo menos o quarto classificado só será conhecido na última rodada, em 8 de abril, domingo de Páscoa.
O Cruzeiro está virtualmente garantido nas semifinais. A vaga só não foi assegurada matematicamente domingo por causa da vitória do Tupi sobre o Ipatinga, em Juiz de Fora. Apenas uma improvável combinação de resultados deixaria a equipe celeste de fora da reta final. Uma vitória sobre o Democrata-SL, sábado, em Sete Lagoas, confirma a classificação. Se houver empate, o time de Paulo Autuori dependerá de tropeços de Villa Nova, Democrata-GV ou Tupi, que jogarão fora de casa, no dia seguinte.
A situação do Atlético é semelhante à do arqui-rival. Triunfo contra o Ipatinga, domingo, no Independência, não assegura a classificação matematicamente. Com 20 pontos, o Galo poderia ser ultrapassado por Cruzeiro e Villa Nova e alcançado por Democrata-GV e Tupi, que têm chances de tirar a diferença no saldo de gols, segundo critério de desempate. O time de Levir Culpi precisa de um tropeço dos concorrentes.
Por outro lado, o Leão do Bonfim pode se classificar se derrotar o Ituiutaba, domingo, no Pontal do Triângulo. Para isso, torce para que Democrata-GV ou Tupi não vença e Rio Branco e Democrata-SL tenham tropeçado em América e Cruzeiro, respectivamente, amanhã e sábado. Com 19 pontos e cinco vitórias, o Villa não seria alcançado por mais de uma dessas equipes.
A quarta vaga nas semifinais não será definida na próxima rodada. Mesmo que o Democrata-GV, atual quarto colocado, vença e o Tupi, quinto, perca, a diferença poderá ser descontada no fim de semana seguinte. Além disso, Democrata-SL, Rio Branco, Ipatinga, Guarani e até Caldense têm chances de classificação. Mas, se os dois primeiros perderem, o Villa empatar e o Democrata-GV vencer, a briga ficará restrita até o quinto colocado, o Tupi.
DRAMA
Quanto ao rebaixamento, a situação continua crítica para o América, que, se não derrotar o Rio Branco, amanhã, disputará o Módulo II em 2008. Mesmo que vença, o Coelho poderá cair domingo, com vitória da Caldense sobre o Tupi, em Poços de Caldas. O outro rebaixado também poderá ser definido no fim de semana, com triunfo do time do Sul de Minas e derrota do Ituiutaba para o Villa, em casa. No caso, a equipe do Pontal do Triângulo fará companhia ao Coelho nas duas últimas posições. Guarani e Caldense também estão seriamente ameaçados pelo descenso.

ZAGUEIROS A PREOCUPAÇÃO DE AUTUORI

Se o ataque tem feito sua parte e passado confiança à torcida, a defesa cruzeirense está deixando o torcedor preocupado. A equipe é a que marcou mais gols no Campeonato Mineiro (25), mas uma das com defesa mais vazada. Foram 15 gols em nove jogos, assim como Tupi, Ipatinga, Caldense e Ituiutaba. Apenas a do América sofreu mais gols: 16. O técnico Paulo Autuori já usou três combinações diferentes na dupla de zaga, e os titulares André Luís e Gladstone têm o melhor aproveitamento: sofreram cinco gols em cinco partidas. André Luís e Thiago Heleno, que jogaram contra o Democrata-GV, levaram também cinco gols, mas em dois jogos. Com Luizão e Gladstone, a equipe levou outros cinco gols, em duas partidas. Dos 15 gols sofridos, um terço foi de cabeça, apesar da boa estatura dos zagueiros celestes. André Luís tem 1,90m; Gladstone, 1,83m; Luizão, 1,84m; e Thiago Heleno, 1,85m. Contra Villa Nova, Ituiutaba, Tupi (duas vezes) e Democrata-GV, a defesa permitiu que jogadores adversários marcassem de cabeça, às vezes, sem chances para o goleiro Fábio. Na Copa do Brasil, o time não sofreu nenhum gol em três partidas, duas contra o Veranópolis e a de ida diante da Portuguesa. Paulo Autuori já conhece a insatisfação da torcida, principalmente, com o zagueiro André Luís, mas pede paciência. “Futebol é assim. Vocês lembram o que aconteceu com o Adriano Gabiru no Internacional. Ele era muito vaiado e fez o gol do título mundial, contra o Barcelona. Depois, a torcida até pediu desculpas a ele”, compara o técnico celeste. “O jogador não pode se abater com o mau momento, nem entrar em euforia, quando estiver bem.” Sábado, contra o Democrata-SL, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, às 15h30, a zaga será formada por Luizão e Gladstone. André Luís, que jogou com o efeito suspensivo da punição de 120 dias imposta pelo TJD, pela agressão ao árbitro Alício Pena Júnior, na derrota para o Ipatinga, levou o terceiro cartão amarelo contra a Pantera, e será substituído por Luizão, enquanto Gladstone, que cumpriu o segundo jogo da suspensão pela expulsão contra o América, poderá voltar ao time. Autuori parece conformado com mais essa alteração no sistema defensivo. “Lesões e cartões fazem parte do futebol. Não podemos ficar lamentando”, observa o treinador. Os jogadores se reapresentam hoje pela manhã e treinam em dois períodos na Toca da Raposa. O departamento médico continua tratando do armador Fellype Gabriel e do atacante Kerlon.

SÓ A VITÓRIA INTERESSA

Só a vitória, amanhã, às 19h30, sobre o Rio Branco, em Andradas, mantém as precárias chances do América de se manter na Primeira Divisão do Campeonato Mineiro. O Coelho tenta evitar o sexto rebaixamento em sua história, primeiro no Estadual. Todas os cinco anteriores foram no Campeonato Brasileiro. “O time caiu pela primeira vez para a Série B do Nacional em 1979”, diz Carlos Paiva, historiador do clube.
De 1980 a 1989, disputou a Segunda Divisão, quando foi rebaixado para a Série C. A equipe voltou então à B, em 1991, e à A, em 1993. “Depois, o América ficou suspenso por dois anos de competições nacionais, por ter entrado na Justiça comum contra a CBF”, lembra Paiva. Livre da punição, disputou a Série B em 1996 e, no ano seguinte, foi campeão, voltando à elite. Em 1998, caiu novamente para a Série B. Retornou à elite em 2000, na Copa João Havelange, permaneceu em 2001, mas caiu para a B de novo, em 2002. Em 2004, despencou para a C.
Ontem, o técnico Procópio Cardoso comandou treino tático, pela manhã, no CT Lanna Drumond. À tarde, a delegação viajou de ônibus para Andradas. O atacante Euller foi relacionado para a partida, depois de ter passado por cirurgia de fragmentação de pedras nos rins. Ainda esteve no Rio de Janeiro, em audiência na ação que move contra o Vasco, na Justiça do Trabalho.
Outro atacante, Daniel Morais, abalado com o assalto no prédio em que mora, ontem cedo, quando teve seu carro levado, pediu dispensa da viagem, sendo liberado pelo treinador e a diretoria. Outro desfalque é o lateral-direito Luiz Felipe, que foi para o Rio Grande do Sul, alegando problemas particulares.
No treino, o volante Aldo foi improvisado na lateral direita e o ataque foi formado por Márcio Diogo e André. “Acho que fizemos bom jogo contra o Villa Nova (derrota por 2 a 1), apesar do resultado. Está difícil, mas temos de pensar primeiro em nós e vencer os dois próximos jogos, para sair de cabeça erguida”, comenta Márcio Diogo.

segunda-feira, março 26, 2007

CLASSIFICAÇÃO DO MINEIRO

1) - Cruzeiro 19 pg
2 - Atlétic0 17 pg
3) - Vila Nova 16 pg
4) - Democrata GV 14 pg- saldo de 2 gols
5) - Tupi - 14 pg - saldo de 0
6) - Democrata SL 13 pg - 4 vitórias
7) - Rio Branco - 13 pontos -3 vitórias
8) - Ipatinga 12 pg
9) - Guarani 11 pg
10)- Caldense 9 pg
11) - Ituiutaba 8 pg
12) - América 4 pg
Próxima rodada
28/03- Sexta Feira - 20 30- Rio Branco X América - Andradas
29/03- Sábado - 15 .30 - Democrata-SL X Cruzeiro - Sete Lagoas
30/03- Domingo - 16 horas- Guarani X Democrata-GV - Divinópolis
30/03- Domingo 16 horas- Caldense X Tupi - Poços de Caldas
30/03- Domingo- 16 hors - Ituiutaba X Villa Nova - Ituiutaba
30/03- Domingo-16 horas - Atlético X Ipatinga - Belo Horizonte
Úlitma Rodada - Dia 08 de abril- Domingo- Todos os jogos às 16 horas
Villa Nova X Guarani - Nova Lima
Tupi X Rio Branco - Juiz de Fora
Ipatinga X Ituiutaba - Ipatinga
Cruzeiro X Caldense - Belo Horizonte
América X Democrata-SL - Belo Horizonte
Democrata-GV X Atlético - Governador Valadares

LEÃO ESQUECE O AMÉRICA

A vitória sobre o Coelho, de virada, já é passado para todos no Villa Nova. O clube pensa agora em atingir três objetivos: garantir vaga no quadrangular final do Campeonato Mineiro; classificar-se para a Série C do Brasileiro; e, por fim, a classificação às oitavas-de-final da Copa do Brasil. A luta para seguir na competição nacional deve ter mais um round esta semana, segundo o presidente João Bosco Pessoa, que dá a entender que o clube de Nova Lima se tornou parceiro do Avaí, que pede a exclusão do Rio Branco. “Estamos esperando a definição sobre o recurso dos catarinenses e sabemos que as denúncias são gravíssimas. Não seria apenas um jogador que estaria irregular no Campeonato Paranaense do ano passado (que gerou o recurso). Toda a história da Copa do Brasil’2007 pode mudar.” O julgamento está marcado para quinta-feira. Longe das decisões tomadas pelos dirigentes, o técnico Pirulito trabalha com os pés no chão: “Estamos preocupados com a classificação para a fase decisiva do Mineiro. Uma vez conseguida, estaremos também na Série C. Tenho um desafio no meio da semana, que é o jogo em Ituiutaba, que deve ser uma guerra. Pode ser o jogo da vida do time do Pontal do Triângulo e jogar lá é complicado. Depois, vamos pegar, em Nova Lima, o Guarani, mas este também poderá estar brigando contra o rebaixamento.”

CALDENSE SE COMPLICA TODA

No outro jogo de ontem, no interior, o Democrata-SL surpreendeu a Caldense, no Estádio Ronaldo Junqueira, em Poços de Caldas: venceu por 1 a 0, e escapou dos últimos lugares, deixando a equipe da casa em situação complicada, em antepenúltimo lugar e correndo risco de cair.
FRACASSO
Os torcedores da Caldense pareciam estar adivinhando o que iria ocorrer e apenas 847 pagaram ingresso para ver a derrota diante do Democrata-SL. O gol foi de Elcimar, aos 37min do segundo tempo. A equipe de Sete Lagoas, que corria sério risco de cair, subiu bastante na classificação. Já a Veterana se complicou de vez e terá de, nas duas últimas rodadas – pega em casa o Tupi, domingo, e, uma semana depois, vem a Belo Horizonte enfrentar o Cruzeiro – lutar para se manter acima de Ituiutaba (penúltimo) e América (lanterna) para evitar a queda para o Módulo II.

TUPI VIRA EM CIMA DO IPATINGA

O Tupi entrou definitivamente na briga por uma vaga nas semifinais do Campeonato Mineiro. Ontem, com apenas 3.512 torcedores presentes ao Estádio Radialista Mário Helênio, o Galo de Juiz de Fora bateu o Ipatinga por 3 a 2, chegou aos 15 pontos, mesma pontuação do quarto colocado, o Democrata-GV, mas com pior saldo de gols .
O Ipatinga saiu na frente, com Diego Silva, aos 25, mas Leandro Guerreiro empatou aos 17 do segundo. A equipe do Vale do Aço voltou a ficar em vantagem no marcador, novamente com Diego Silva, aos 25, seu terceiro gol em dois jogos – marcou na vitória sobre o Palmeiras, por 2 a 0, quarta-feira, pela Copa do Brasil.
Mas os atacantes Felipe e Alan viraram novamente quase no fim, dando a vitória ao Tupi, aos 36 e 43min. O Ipatinga, atual vice-campeão estadual, se complicou e está mais longe de chegar entre os quatro primeiros, que disputarão as semifinais.

PAULO AUTUORI DÁ BRONCA GERAL

Mais uma vitória em casa e a classificação praticamente garantida para as semifinais do Mineiro. Motivos não faltavam para que os jogadores do Cruzeiro tivessem tranqüilidade depois da partida de ontem, contra o Democrata-GV. Mas todos foram obrigados a ouvir uma bronca do técnico Paulo Autuori, no vestiário do Mineirão. O treinador ficou irritadíssimo com os dois gols sofridos pela equipe, que venceu por 3 a 2.
“Depois de fazermos um segundo tempo muito bom, não poderíamos ter terminado o jogo com tanta displicência”, condenou Autuori. O técnico celeste lembrou que o Cruzeiro poderia ter feito quatro, cinco ou seis gols, assim como na partida anterior, a goleada por 6 a 2 sobre o Tupi. “Conversamos com os jogadores. Isso compromete toda a atuação de um jogo.”
Autuori cobrou mais maturidade de sua equipe. Segundo ele, se o time não conseguiu ampliar o placar, depois de fazer 3 a 0, deveria ter, a cinco minutos do fim do jogo, procurado segurar a bola. “O que preocupa é a displicência. O rigor tem a ver com o amadurecimento do time. Mas fazer uma equipe ser madura coletivamente não é fácil”, raciocina.
O técnico, no entanto, não deixou de enaltecer os pontos positivos do Cruzeiro ontem. “Fizemos jogadas lindas, objetivas e com qualidade técnica no segundo tempo, com muita mobilidade, caindo pelos lados. Criamos várias chances de gol”, ressaltou.
O lateral-direito Gabriel concordou com as cobranças do treinador. “Já esperávamos pela bronca. Esses erros não podem acontecer. São situações de jogo que nos pegam de surpresa”, comentou. Para ele, no entanto, não houve acomodação dos jogadores, com o placar de 3 a 0: “Nosso segundo tempo foi melhor que o primeiro”.
Depois do primeiro gol do Democrata, Gabriel chegou a discutir com o zagueiro André Luís. “São coisas que acontecem dentro de campo, conversas de jogo. Somos amigos e não houve nenhum problema.” O lateral abriu o placar com um gol de pênalti, mas garante que não tomou a condição de cobrador oficial, depois que Marcinho perdeu contra a Portuguesa, pela Copa do Brasil. “Eu e ele somos os que mais treinam. Gosto de bater e fui feliz porque ajudei o time a alcançar a vitória”, afirmou.
A próxima partida da equipe será sábado, contra o Democrata, em Sete Lagoas, às 15h30. O zagueiro André Luís levou o terceiro cartão amarelo ontem e cumpre suspensão. Hoje, os jogadores estão de folga.

CRUZEIRO VENCE E SE CLASSIFICA

Jogando no Mineirão, o time garantiu vaga nas semifinais do Campeonato Mineiroceleste impôs a sua força e venceu o Democrata-GV, por 3 a 2, neste domingo. Os gols foram de Araújo (2) e Gabriel (em cobrança de pênalti). Neto e Amilton descontaram para a Pantera, aproveitando falta de atenção dos donos da casa. Com o resultado, a Raposa retomou a liderança do Estadual.
O Cruzeiro voltou a ser líder do Mineiro, somando 19 pontos, contra 17 do Atlético, que subira ao primeiro lugar com a vitória sobre o Ituiutaba (2 a 0), no sábado. Se ganhar os dois próximos jogos, contra Democrata-SL, sábado que vem, em Sete Lagoas, e Caldense, em 8 de abril, no Mineirão, o time celeste garantirá a primeira posição, levando a vantagem de decidir em casa e jogar por dois empates, na semifinal e na final.
O JOGO
O Cruzeiro esperava aproveitar o fator campo para somar três pontos e recuperar a liderança do Estadual. Mas o Democrata dificultou muito para o time celeste, mostrando obediência tática para cumprir a determinação do técnico José Maria Pena. A equipe de Governador Valadares marcava forte, principalmente no meio-campo, mas sem deixar de atacar os donos da casa.
O Cruzeiro chegou pela primeira vez aos 6min: Nenê cruzou, o goleiro deu rebote e Marcinho chuto para fora. O Democrata assustou aos 9, em cobrança de escanteio que Rancharia cabeceou e Fábio catou. O time do Leste mineiro incomodava a Raposa nos contragolpes, especialmente com o perigoso Amílton, que dificultava muito a marcação.
Aos 20, o Cruzeiro voltou a criar boa chance. Ricardinho tocou a Marcinho, que chutou à esquerda do goleiro. Apesar do atrevimento do adversário, o time celeste se impôs em casa e abriu o placar. Aos 22, Nenê foi derrubado por Rancharia na área. Pênalti, que Gabriel bateu bem, no canto direito, deslocando Vilar, no minuto seguinte.
O gol não abalou tanto o Democrata, que continuou incomodando. O Cruzeiro, por sua vez, teve mais espaço para jogar e quase ampliou aos 30, com Araújo, que entrou na área e concluiu cruzado, para fora. A equipe de Governador Valadares chegou com perigo aos 40, com Wanderson. Ele recebeu de Ernane, invadiu a área e chutou à esquerda de Fábio, desperdiçando ótima chance.
O alívio para os celestes veio no fim do primeiro tempo, aos 42. Gabriel cruzou da direita e Araújo testou com eficiência, no ângulo direito, em belo gol. O Democrata ficou atordoado e não conseguiu diminuir. Na saída para o intervalo, os jogadores da Pantera reclamaram da arbitragem, principalmente do lance do pênalti sobre Nenê.
No segundo tempo, o Cruzeiro voltou determinado e acabou premiado com o terceiro gol, logo aos 30s. Nenê passou a Araújo, que tocou na saída do goleiro Vilar. Foi o nono gol do atacante no Estadual, disparando na artilharia. O lance praticamente definiu a partida, pois o Democrata não teve forças para reagir, sem conseguir se recuperar do golpe.
O Cruzeiro quase fez o quarto com Nenê, que recebeu dentro da área e chutou à direita. Com tranqüilidade, o time celeste passou a administrar a boa vantagem no placar, tocando a bola e chegando ainda mais no ataque. O Democrata passou a viver de lances isolados. O habilidoso Amílton cortou um marcador e concluiu por sobre o gol de Fábio, com perigo.
O Cruzeiro se tornou dono do jogo, criando seguidas chances de fazer o quarto. Uma com Nenê, que limpou na área e chutou por sobre o gol. Outra com Marcinho, que cabeceou no travessão, depois de cruzamento de Gabriel. José Maria Pena tentou mudar o panorama da partida com substituições, mas sem surtir efeito. Paulo Autuori aproveitou para mexer e pôr jogadores em ação, como Sandro e Leo Silva, descansando titulares.
No fim, o Cruzeiro relaxou e quase pagou caro pela falta de atenção. A Pantera descontou aos 38min, com Neto, que concluiu de cabeça cobrança de escanteio e Fábio não conseguiu defender. A zaga celeste voltou a dar bobeira e Amilton marcou mais um, aos 47, em cruzamento de Leandro Carrijo. A torcida, irritada com a displicência, vaiou os jogadores na saída para o vestiário, depois da partida.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 3 X 2 DEMOCRATA GV
ESCALÇÃO DO CRUZEIRO
Fábio; Gabriel, André Luís, Thiago Heleno e Jonathan (Fábio Santos); Renan (Leo Silva), Ricardinho, Geovanni (Sandro) e Marcinho; Araújo e Nenê-Técnico Paulo Autuori
Vilar; Marcelinho, Rancharia, Neto e Ernane; Henrique, Toto (Zotti), Glaydson (Rodrigo Silva) e Wanderson (Diego); Amílton e Carrijo-Técnico José Maria Pena
GOLS
Gabriel (pên), 23min, 1º T-
Araújo, 42min, 1º T
Araújo, 30s, 2º T
Neto, 38min, 2º T-
Amilton, 47min, 2º T
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data e hora: Domingo (25/03), às 16h
Pagantes: 6.681- Renda: R$ 64.457,50
Árbitro: Álvaro de Azeredo Qüelhas-Assistentes: Jair Albano Félix e José Carlos de Souza
Motivo: 9ª rodada do Campeonato Mineiro

domingo, março 25, 2007

JOGOS DE HOJE DO MINEIRO

Mineirão - 16 horas - Cruzeiro x Democrata GV
Poços de Caldas 16 horas - Caldense x Democrata SL
Juiz de Fora - 16 horas - Tupi x Ipatinga
Guarani e Rio Branco folgam

CRUZEIRO PODE GARANTIR CLASSIFICAÇÃO

O Cruzeiro pode ser o primeiro clube a se classificar para a fase semifinal do Campeonato Mineiro. Para isso, basta derrotar o Democrata de Governador Valadares neste domingo, a partir das 16h, no Mineirão, em jogo válido pela 9ª rodada. O time de Paulo Autuori tem16 pontos e o melhor ataque, com 22 gols.
Se terminar a primeira fase como líder, o Cruzeiro terá o direito de jogar a semifinal e uma possível final com a vantagem de dois empates ou vitória e derrota pelo mesmo saldo de gols. O clube ainda poderia escolher a ordem dos mandos de campo.
O atacante Araújo, artilheiro isolado do Estadual com sete gols, acha que o Cruzeiro não pode se empolgar com a goleada por 6 a 2 sobre o Tupi na última rodada e deve respeitar o Democrata-GV para evitar um tropeço em casa. “Vamos buscar a classificação, mas a gente não pode é falar antes do tempo. Tem que fazer dentro de campo e buscar a vitória para ficar mais tranqüilo”.
O lateral Gabriel discursa na mesma linha. “O mais importante é o Cruzeiro vencer, mesmo que por 1 a 0, e conseguir essa classificação antecipada. O resto é conseqüência”, opinou.
Neste compromisso, o Cruzeiro terá o desfalque apenas do zagueiro Gladstone, suspenso. O seu companheiro de zaga, André Luís, recebeu na terça-feira uma suspensão de 120 dias pela expulsão contra o Ipatinga, em 10 de março, mas foi liberado para o jogo graças a um efeito suspensivo obtido no TJD.
Na defesa, Paulo Autuori vai manter o destro Jonathan na lateral esquerda, mesmo tendo Fábio Santos à disposição. No ataque, Nenê segue como titular. O volante Léo Silva, que foi destaque contra o Tupi, será opção no banco. O capitão Ricardinho retorna de suspensão e formará o meio-campo com Renan, recuperado de edema na coxa, Marcinho e Geovanni.
PANTERA
O Democrata é o terceiro colocado, com 14 pontos, e busca uma posição mais confortável na zona de classificação, uma vez que está ameaçado por Villa Nova, Rio Branco e Ipatinga.
O time dirigido por José Maria Pena está invicto há quatro rodadas. A “Pantera”, como é conhecida, vem de empates por 1 a 1 com América e Tupi e vitórias por 2 a 1 sobre Villa Nova e Ituiutaba.
A única mudança em relação ao último jogo será a entrada de Neto na zaga no lugar de Lúcio, suspenso. O defensor não teme a responsabilidade e o ataque cruzeirense. “Não vai ser um jogo fácil, todos temos consciência disso. Vamos encontrar muita dificuldade, principalmente eu, que estou sem ritmo de jogo, mas acredito que com a empolgação da estréia vamos fazer um bom jogo e trazer um resultado positivo do Mineirão”, disse o jogador.
O segredo para evitar os gols celestes, na opinião de Neto, será anular Araújo. “Ele, como todo o ataque deles, é muito rápido, então nós vamos marcar em cima. Não podemos dar espaço”.
Tabu
O Cruzeiro vai defender um tabu de quase 12 anos sem derrota para o Democrata-GV. A última derrota celeste para a “Pantera” foi em 16 de abril de 1995. Os democratenses venceram por 2 a 1 no Mineirão. Desde então, em 12 duelos, o Cruzeiro venceu nove e empatou três. (UAI)
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO X DEMOCRATA GV
ESCALÇÃO DO CRUZEIRO
Fábio; Gabriel, André Luís, Thiago Heleno e Jonathan; Renan, Ricardinho, Geovanni e Marcinho; Araújo e Nenê- Técnico Paulo Autuori
ESCALAÇÃO DO DEMOCRATA GV
Vilar; Marcelinho, Rancharia, Neto e Ernane; Henrique, Toto, Glaydson e Wanderson; Amílton e Carrijo- Técnico José Maria Pena
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data e hora: Domingo (25/03), às 16h
Árbitro: Álvaro de Azeredo Qüelhas-Assistentes: Jair Albano Félix e José Carlos de Souza
Motivo: 9ª rodada do Campeonato Mineiro

FIAT MINAS CHEGOU ONDE TINHA QUE CHEGAR

Pela terceira vez consecutiva, a decisão da Superliga Feminina de Vôlei será entre Finasa Osasco-SP e Rexona Ades-RJ. A equipe paulista garantiu ontem sua classificação ao fechar em 3 a 1 a série semifinal contra o Fiat Minas, com vitória no quarto jogo, por 3 a 2 (22/25, 25/11, 21/25, 25/22 e 15/9), na Arena JK, depois de duas horas e 40 minutos. Ela tentará recuperar o título perdido no ano passado para o time carioca.
Antes do playoff, os técnicos Cebola (Minas) e Luizomar Moura (Osasco), previam que o equilíbrio seria rompido por quem vencesse fora. Na atual competição, as equipes se enfrentaram seis vezes e só ontem, na sexta, o mandante não venceu.
As mineiras começaram melhores. Oscilaram muito, por saber que tinham de empatar a série, para provocar o quinto jogo, na Grande São Paulo. Apesar disso, conseguiram fechar o primeiro set. No segundo, a líbero Michelle chocou-se com a meio-de-rede Marina, da equipe paulista, e deixou a quadra em lágrimas, sentindo muita dor no ombro esquerdo. Abalada, a equipe minas-tenista perdeu feio a parcial.
Michelle retornou no terceiro, depois de fazer aplicação de gelo no ombro. Mesmo sentindo dor, reacendeu o time e a torcida. O Minas cresceu e passou novamente à frente no jogo. O quarto foi equilibrado. Mas, nos pontos finais, prevaleceu a experiência do Osasco, que empatou a partida e provocou o tie-break.
No set decisivo, os nervos ajudaram a derrotar o Minas. O time sofreu de cara três pontos consecutivos – um de saque, um de contra-ataque e outro de bloqueio. Desestabilizado, não conseguiu mais parar as implacáveis adversárias, que abriram larga vantagem e souberam administrá-la para conquistar a vaga nas finais.
CONSOLAÇÃO
Depois do jogo, houve muitas lágrimas na Arena JK. A meio-de-rede Marina, uma das que mais lutaram, lamentava: “Esse grupo tinha potencial para chegar à decisão. Foi um trabalho maravilhoso, que começou com derrotas. Depois, demos uma virada. Tínhamos condições de ir além. Uma pena.”
O técnico Cebola anunciou, com o apoio das jogadoras, um novo objetivo. “Queremos o pódio. Vamos disputar a medalha de bronze com a Cimed Macaé-RJ e temos de conquistar esse objetivo. É pelo menos um pequeno prêmio para tanto trabalho, tanto esforço dessas meninas. Não podemos nos esquecer de que o time é jovem, tem muito futuro.”
No Finasa, a líbero mineira Arlene, aos 37 anos, festejava a chance de disputar mais uma final. “Nós mostramos superação e temos um motivo a mais para querer muito esse título, que é vingar a derrota do título no ano passado.” Com 19 pontos, a ponteira Natália foi a principal pontuadora do jogo.
Minas: Ana Tiemi, Joycinha, Marina, Natália, Thaís, Fernanda Garay e Michelle (líbero); depois Mary Hellen, Estela e Lia. Osasco: Fabiana Berto, Paula Pequeno, Valeskinha, Carol, Natália, Elisângela e Arlene (líbero); depois Mari, Raquel, Adenizia e Silvana.